Um dos mais antigos se­­gredos do futebol que, na verdade, não passa de um segredinho de polichinelo, é o time repetido que ganha confiança, comprometimento com a entidade, respeito ao torcedor e o imprescindível entrosamento para o su­­cesso.

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O fenômeno existe há tanto tempo que mesmo seleções de países que se sagram campeões mundiais acabam sendo repetidas – no todo ou em parte – para a Copa seguinte. É a natural expectativa de reviver aquilo que deu certo, já que uma das coisas mais difíceis no futebol é acertar a escalação da equipe, aquela que a mídia e o torcedor conhecem de cor e salteado.

O Brasil viveu algumas vezes esse tipo de experiência, desde que deu certo na primeira vez, quando repetiu quase a totalidade da seleção campeã mundial para a campanha do bicampeonato. Foi trocada apenas a dupla interior de zaga, saindo Bellini e Orlando para a entrada de Mauro e Zózimo. Vicente Feola tentou esticar a durabilidade, ou a longevidade profissional, de alguns veteranos para a Copa seguinte e deu-se mal.

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No presente o futebol paranaense experimenta esta constatação e as comparações tornaram-se inevitáveis diante do sucesso do Coritiba na Série B e a lamentável campanha do Atlético na Série A.

Com a mesma estrutura, a maioria dos mesmos jogadores, o mesmo técnico e o mesmo esquema de jogo da temporada passada, o Coxa realiza arrebatadora trajetória até agora, liderando o campeonato em que é o único clube a jogar todas as partidas fora de casa e, consequentemente, com pequeno contingente de torcedores a apoiá-lo.

O Coritiba tornou-se um time estabilizado e consciente de suas possibilidades.

Trocando incessantemente de técnicos, errando demais nas contratações que se sucedem aos magotes e sem coerência do técnico para a escolha de um time titular, o Furacão está le­­vando a sua inflamada torcida à exaustão.

O Atlético é um time inseguro e ainda sem referencial dentro do campeonato, pois a cada jogo tem uma nova escalação.

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Orgulho do Sul

O Internacional ganhou o bicampeonato da Libertadores mostrando mais uma vez a força do futebol gaúcho. Pode tornar-se bicampeão mundial de clubes em Dubai.

Clube reorganizado há pouco tempo, com o maior número de sócios pagantes do país, com o Estádio Beira-Rio viabilizado para a Copa de 2014 e com uma equipe altamente competitiva, o Colorado ganhou todos os títulos possíveis nos últimos anos.

Dentre os campeões da América, dois paranaenses que marcaram gols na partida decisiva: Leandro Damião, de Jar­­dim Alegre, e Giuliano, de Curi­­tiba.

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