Bem que ele fez por merecer a marcação de pelo menos um gol na sua reestreia com a camisa do Coritiba; bem que ele fez por merecer ter ao lado jogadores que conseguissem se aproximar de sua envergadura técnica; bem que ele sentiu a falta de melhor condicionamento físico, mas o seu toque de classe fez a diferença no amistoso de pouca técnica e muita indisciplina.
Foi a síntese da primeira apresentação de Alex diante de um público abaixo das expectativas, que só relaxou com o gol de empate do eficiente avante Deivid, no último minuto do amistoso com o Colón, da Argentina.
Com uma defesa marcando a distância, insegura, permitindo que o adversário trocasse quantos passes quisesse e com Escudero muito mal no plano individual, mais uma vez o goleiro Vanderlei brilhou, evitando a derrota na estreia do time principal na temporada. O meio de campo contou apenas com a criatividade e o malabarismo de Alex e o ataque inoperante teve como destaque negativo o meia Lincoln, que parece ter estendido as férias por mais alguns dias diante do mau futebol apresentado. Sem esquecer de Rafinha, com atuação econômica e uma expulsão provocada por uma briga com o argentino Raldes.
Taticamente, a equipe argentina esteve em nível superior, indicando que o técnico Marquinhos terá grande trabalho para deixar o Coxa no ponto idealizado pela torcida.
Rodada
O destaque da rodada foi novamente o Londrina, com boa exibição e um escore que não deixa margem para qualquer tipo de dúvida quanto as suas possibilidades neste campeonato.
O time reserva do Coritiba melhorou em relação ao começo sofrível com o Operário e reuniu méritos para superar o Cianorte, com direito a golaço de Arthur, uma das caras novas do ano no Alviverde.
O time reserva do Atlético piorou e foi derrotado pelo Paraná em partida considerada tecnicamente sofrível por aqueles que tiveram a pachorra de comparecer ao estádio do J. Malucelli.
Tão grave quanto o desprezo ao torcedor, que ingênua e apaixonadamente sonha em quebrar a série de títulos estaduais do maior rival, foi o fato de ninguém do Atlético explicar, efetivamente, o que esta acontecendo no futebol do clube.
Terminado o jogo, nem jogadores nem o treinador e muito menos algum dirigente dignou-se a quebrar a infantilesca "Omertá" atleticana para dar explicações aos conselheiros, associados e torcedores que vibram e sofrem com o Furacão.
Como o Paraná não tem nada ver com a esquizofrenia que se abate sobre o adversário, o time foi lá e faturou o clássico, quebrando um tabu que vinha incomodando a torcida tricolor.