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Hosni Mubarak, durante décadas presidente-ditador do Egito, foi procurado uns dias antes de sua ultima eleição presidencial pelo primeiro-ministro que recomendou: presidente, embora eu esteja certo de que não vai necessitar o senhor deveria, por precaução, preparar um discurso de adeus para o povo egípcio. Mubarak respondeu: Por que? Para onde eles vão?".

A torcida atleticana continua atônita com determinadas atitudes dos dirigentes do clube e está ficando sem saber direito o caminho a seguir. Para alguns, a diretoria agiu com coerência e bom senso ao fechar o CT do Caju, proibir os profissionais de conceder entrevistas para a mídia independente, esconder as marcas dos patrocinadores pela falta de exposição nos veículos de comunicação de massa, escalar o time sub-23 para disputar um título que não ganha há três anos, com o detalhe de que não consegue vencer o maior rival no mesmo período, além de ver a possibilidade de o Coritiba conquistar mais um tetracampeonato.

Além de contratar apenas jogadores de menor expressão para o limitado time titular que, por pouco não foi derrotado pelo Paraná na última partida da Série B e, caso isso tivesse acontecido, teria perdido o acesso à Primeira Divisão nacional.

Para outros, a diretoria cobra fidelidade do atleticano para associar-se e ir aos jogos, mesmo não entendendo que na paixão do torcedor está embutida a esperança de vitórias e, sobretudo, a conquista de títulos. Como historicamente o time é um fracasso na Copa do Brasil e tem disputado os certames brasileiros apenas para fugir do rebaixamento, restou o título estadual e, pelas recentes atitudes dos cartolas, as chances de alcançá-lo serão bem reduzidas.

Isso incomoda essa fantástica torcida, que vem sofrendo há anos com a formação de equipes tecnicamente medíocres; contratações inexplicáveis como González, Nieto, Morro Garcia, Fernandão e o exótico técnico Carrasco, entre outras extravagâncias – e sem perspectiva de que mude a mentalidade daqueles que foram eleitos para recuperar o caráter de competidor do elenco e de projetar a imagem do clube, resgatando um passado de jogadores eficientes, boas campanhas e a tradicional raça rubro-negra que incendiava a torcida que sempre acompanhou a equipe ao ponto de, através dos tempos, bater o recorde de público pagante em todos os estádios da capital.

Ficará difícil motivar o torcedor para ir aos jogos do Furacão se a diretoria não respeitar o sentimento popular, continuar renegando a gloriosa tradição guerreira do clube, sonegar informações através da mídia aos associados e simpatizantes e não contratar jogadores de categoria técnica que possam significar, efetivamente, reforços para 2013.

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