A crônica de domingo fez com que diversos leitores se manifestassem e alguns sugeriram uma atitude pró-ativa de minha parte em relação à estagnação dos clubes paranaenses.
Solicitaram explicações para a falta de ambição e iniciativa dos dirigentes.
Obviamente a crise técnica é resultado das carências econômicas. Basta acompanhar o noticiário e verificar a preocupante situação financeira do Paraná e, ultimamente, do Coritiba. O Atlético, que anunciou estabilidade nas contas, tem pecado pelas más contratações e ausência de ações de marketing que o recoloquem no noticiário nacional.
Os times paranaenses saíram da vitrine do futebol brasileiro e perderam a visibilidade na mídia por causa do esvaziamento técnico nas últimas temporadas.
O Paraná repetindo a experiência na Segunda Divisão; o Coritiba juntando-se a ele com a agravante dos dramáticos episódios registrados na última partida com o Fluminense; e o Atlético disputando os recentes campeonatos apenas para não ser rebaixado.
A contratação de um craque chama a atenção do mercado publicitário e aumenta a presença do clube nos meios de comunicação.
É só ligar a televisão ou abrir os cadernos esportivos dos jornais para observar a exposição que todos conseguem com o retorno de diversos jogadores famosos que estavam atuando no exterior.
Os patrocinadores são naturalmente atraídos para ter suas marcas associadas aos times mais populares e aos personagens que recheiam as atividades.
Todos querem anunciar nas camisas, nos calções, nas meias dos jogadores e mesmo no uniforme dos técnicos que aparecem bastante durante as transmissões dos jogos. Na Europa, até o cachecol dos treinadores é objeto de valor para a publicidade e a venda do produto nas lojas dos clubes.
Somando a ausência de todas essas ações a um campeonato estadual esvaziado e as modestas contratações das equipes, explica-se com facilidade o momento fraco do futebol local.
Os nossos clubes sobrevivem graças à paixão dos torcedores que se associam ou frequentam os estádios movidos pela rivalidade. Mas isso é insuficiente, tanto para reduzir os prejuízos no estadual quanto para fazer face aos investimentos exigidos nos grandes torneios.
Nem mesmo o Atlético, nosso único representante no Campeonato Brasileiro, planejou-se de forma mais arrojada para mexer com a torcida e formar um elenco capaz de recolocá-lo na vitrine onde ele reinou como fato novo do futebol nacional há alguns anos.
Depois das boas campanhas e do destaque internacional entre 2000 e 2005, o Atlético, inexplicavelmente, enfraqueceu o elenco e afastou-se das primeiras colocações, enquanto Coritiba e Paraná viveram de pequeno destaque nas suas participações na Taça Libertadores da América.
A dura constatação é de que o nosso futebol perdeu espaço e não emite sinais de recuperação a curto prazo.
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