O Coritiba foi para a Segunda Divisão no ano passado e, para retornar à Série A, tudo conspirava contra o alviverde, a começar por aquela famigerada suspensão de dez jogos imposta pelo STJD partidas que foram realizadas em Joinville, Santa Catarina.
Essa punição inédita não foi motivo para desânimo. Ao contrário disso, serviu de estímulo para que o elenco se superasse e conquistasse o resultado que lhe deu o título do campeonato paranaense com firmeza, competência administrativa e técnica.
Agora, demonstrou grandeza ao fechar a temporada, retornando à Primeira Divisão com duas rodadas de antecedência, com o título da Série-B ao empatar com o Icasa, em 2X2, faltando ainda um jogo para terminar o campeonato. Esse triunfo, porém, não foi mamão com açúcar. Com muita disposição, o time da cidade do Juazeiro do Norte-CE, pôde contar com um bom desempenho do meio campista Júnior Xuxa que, aliás, fez o gol que tirou o zero do marcador, em uma ótima cobrança de falta.
Dessa maneira, tudo parecia caminhar melhor para os anfitriões que, mais acostumados ao clima quente, pressionavam os coxas-brancas. Estes, sentindo o forte calor nordestino, facilitavam o trabalho dos cearenses que ainda tiveram um gol anulado, equivocadamente, pelo árbitro Cláudio Mercante (PE). Nem tudo, porém, foi resultado de erros por parte do homem do apito. Ele agiu com bom senso ao paralisar o jogo aos vinte e seis minutos para os jogadores se hidratarem o que foi bastante positivo.
Esse intervalo foi providencial para o técnico Ney Franco acertar o posicionamento, principalmente, no meio de campo, diminuindo os espaços com o volantes Willian e Leandro Donizete. Com essa nova postura, os meias Tcheco e Rafinha ficaram com mais liberdade para articularem as jogadas para os atacantes Leonardo e Marcos Aurélio, sendo que este último fez um golaço, ainda no tempo inicial, ao fintar três adversários, deixando tudo igual. Esse gol murchou a torcida da casa, que ainda viveu alguns minutos de felicidade, na ilusão de uma vitória com o gol de Leozinho.
Em contrapartida, o predestinado atacante Geraldo, que fizera o gol do título no Paranaense contra o Atlético, foi para a galera, ao deixar tudo igual, colocando a faixa no peito e pronto para desfilar no caminhão dos bombeiros.
Não há mais dúvidas. O Coritiba é o legítimo campeão (com louvor), e consagrado está o técnico Ney Franco, que será substituído por Marcelo Oliveira. Este chega com a desconfiança daqueles que queriam o couro da diretoria, quando ela bancou a permanência do Ney Franco. E agora?
Na escolha do novo treinador, certamente, os diretores analisaram todos os aspectos para anunciarem esse nome. Desejo ao novo comandante boas-vindas. É isso.
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