Contra o Barueri, no último jogo antes de completar seu centenário, o Coritiba decepcionou os torcedores que acreditavam na vitória – o que não poderia ser diferente, por tudo aquilo que a equipe vinha apresentando nos últimos jogos. Prin­­ci­­palmente naquele empate contra o São Paulo, quando o time alviverde apresentou melhor futebol que o Tricolor paulista.

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Claro que cada jogo tem sua história, construída ao sabor das circunstâncias que se estabelecem a cada jogada. Diferentemente de outras exibições, o Coritiba iniciou o confronto com o Barueri com muitos erros de passe e pouca criatividade no meio de campo, no que facilitou as ações do time paulista, o qual atual no 3–5–2.

Consequentemente, com esse esquema um dos zagueiros do time de Barueri ficou na marcação de Bruno Fressato, outro na sobra e o terceiro se empenhou em neutralizar Marcelinho Paraíba, que exerceu a função de segundo atacante.

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Além de tudo isso, faltou a participação dos laterais na parte ofensiva, uma vez que, pela direita, Ân­­gelo (estreante) ficou muito preso na marcação, o que se justifica porque o atacante Fernandinho atuava naquele setor. Já, pela es­­querda, Renatinho foi discreto na marcação e pouco produtivo ofensivamente. Assim, com tanta dificuldade, o placar de 0 a 0 condiz com a realidade do primeiro tempo.

O técnico do Coritiba, Ney Franco, que tem se celebrizado pela ousadia com que faz algumas substituições, deixou o volante Jaílton no vestiário e, para a fase final, lançou Marcos Aurélio aberto pela di­­reita; posicionou Carlinhos como lateral; Renatinho como atacante pela esquerda e ainda adiantou Marcelinho Paraíba – o que, sinceramente, não é pouco.

A partir dessas mudanças, por várias vezes o Coritiba, na movimentação, ficou estrategicamente no 4–2–4, permitindo os contra-ataques do time paulista, principalmente, quando Ney Franco substituiu Ângelo pelo Makelele, le­­vando Pedro Ken para a lateral. Essa engrenagem não funcionou. E o que é pior, o adversário abriu o placar, deixando o torcedor coxa desesperado.

Passando, enfim, esse momento de inconformidade, a esperança ressurgiu com Bruno Fressato em­­patando a demanda. Todos acreditavam que a vitória seria possível. Não foi. Os três pontos ficaram com os paulistas, que fizeram o segundo gol e ainda perderam a chance do terceiro, restando ao torcedor coxa a ressaca de uma derrota intragável que deve ser esquecida em prol de uma festa inenarrável: a glória do centenário de seu clube. Minhas felicitações! É isso.

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