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A primeira etapa do Cam­peonato Paranaense foi a melhor dos últimos tempos. Para que isso acontecesse, as equipes do interior exerceram um papel fundamental, pois, mais bem preparadas, valorizaram a competição. Mes­­mo com a atitude antidesportiva do Engenheiro Beltrão que não compareceu ao Janguitão para honrar seu compromisso contra o Corinthians-PR.

Independentemente dessa exceção, constatei que alguns jogadores demonstraram qualidades técnicas bastante favoráveis. No Nacional de Rolândia, por exemplo, mesmo caindo para Segundona, Kim (lateral esquerdo) chamou a atenção pelo apoio ao ataque, fazendo gol contra a dupla Atletiba. Outros também mantiveram bom desempenho, entre eles, o Gílson, também lateral pela esquerda, além dos atacantes Irineu e do habilidoso Mineiro, todos do Cascavel.

Na mão oposta, Leandro Bocão apareceu bem, fazendo gols pelo Toledo, embora não tenha convertido o pênalti decisivo, para que seu time permanecesse na primeira divisão. Já no Operário registraram passagem positiva o meia Serginho Catarinense e o atacante Diego Souza. Ao passo que no Iraty, os atacantes Ceará, Artur e Heydson e, no Paranavaí, Rilber são os destaques da fase de classificação.

Além destes, aqueles que tiverem a oportunidade de disputar o supermando serão mais bem observados com possibilidade de participarem do Campeonato Brasileiro, o que não deixa de ser um tipo de valorização profissional.

Nessa última rodada, o Atlé­tico, que ficou na segunda posição, e o Paraná Clube, na quarta, terão de vencer todos seus jogos, além de torcer contra o Coritiba, que não sairá do Couto Pereira, aparecendo, inicialmente, como favorito.

Enfim, essa caminhada coxa-branca (com dois pontos na frente) terá início já na próxima quinta-feira, provável data para o clássico contra o Paraná Clube, único time que venceu o Verdão na primeira etapa dessa competição.

Acima da média

Se o jovem Neymar, atacante santista, mantiver o nível das últimas apresentações, quando o técnico Dunga apresentar a lista definitiva para a Copa, a chance de ser convocado pode se tornar realidade. E para aqueles que são contra essa convocação, por entenderem que esse menino da Vila Belmiro é muito novo, vale relembrar que na Copa da Inglaterra em 1966, o ponta-esquerda Edu, que naquela época jogava no Santos, estava com 16 anos, sendo, aliás, o mais novo jogador a participar de uma Copa do Mundo. Diferentemente do que muitos pensam, não foi o Rei Pelé com 17 anos de idade.

Ora, as qualidades positivas que Neymar tem demonstrado co­­mo visão de jogo, técnica apura­­da e, principalmente, personalidade firme fazem a diferença entre o jogador comum e o acima da mé­­dia. É isso.

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