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No sábado, Vagner Mancini respeitou demais o líder Cruzeiro e deixou de aproveitar a capacidade ofensiva do próprio time. Começou com três volantes (primeiro campo abaixo), segurou o adversário o quanto pôde e perdeu por 1 a 0 no Mineirão. Na quinta-feira, chutou a cautela para longe no intervalo ao ver o Atlético perdendo por 2 a 1 para o Flamengo e tirou um dos dois volantes da escalação inicial (Bruno Silva) para colocar mais um atacante (Dellatorre). Em uma ousada formação com apenas um marcador de origem no meio, dois armadores e três atacantes (segundo campo), foi para cima e virou para 4 a 2 no Maracanã.

Isso não quer dizer que o Atlético teria melhor sorte se fosse tão ousado contra o Cruzeiro. Afinal, a diferença técnica entre o primeiro colocado e o 15.º (Flamengo) é enorme. O jogo no Rio mostrou que a maior força do Furacão está na frente; o de Belo Horizonte, que quando escolhe se defender se torna um time comum.

Contra o Flamengo, Mancini admitiu que se a ousadia não tivesse dado certo, talvez tivesse de explicar uma goleada. Mas funcionou muito bem. Para isso, contou com o empenho dos meias Fran Mérida e Everton para ajudar João Paulo na marcação do meio e dos atacantes Marcelo, Éderson (depois Roger) e Dellatorre para pressionar a saída de bola. Mesmo com um volante a menos, parou de tomar os contra-ataques do primeiro tempo e sufocou o adversário até fazer o resultado.

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