Não vale nada?

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O gosto de guarda-chuva comum a qualquer disputa de terceiro lugar — ainda mais depois de uma sapatada de 7 a 1 — não afetou o torcedor de Brasília. Ontem fez fila no centro de comercialização e distribuição de ingressos da capital federal para poder assistir a Brasil e Holanda hoje, no Mané Garrincha. Ao longo de todo o dia houve longas filas para comprar os bilhetes devolvidos e recolocados à venda. Para completar o cenário, do lado de fora do Centro de Convenções Ulysses Guimarães a ação de cambistas era constante. O bilhete da categoria 1, a R$ 228 na mão da Fifa, saía por R$ 1 mil.

Loucura total

Para a final, a procura e o preço dos ingressos são muito maiores. Não há mais bilhetes nos canais oficiais. No mercado paralelo, entradas estão sendo comercializadas por até US$ 20 mil.

Muy hermanos

Antes de encarar os cambistas, os argentinos precisarão abrir a carteira para deixar o país. A Aerolíneas Argentinas colocou uma série de voos de Buenos Aires para o Rio, entre ontem e amanhã cedo. Preço: US$ 1 mil, o triplo do normal. A justificativa é que, por serem charters, os voos saem lotados da Argentina, mas voltam vazios.

Los parças

O preço salgado não intimidou Ángel Di María. Dúvida para a final, o atacante comprou passagens para que dez amigos de infância voem de Buenos Aires ao Rio para ver a final. Os ingressos também são por conta dele.

A vez delas

A Argentina não terá o apoio in loco de Cristina Kírchner. A presidente do país recusou o convite para assistir à final no Maracanã por motivos de saúde. Impede, assim, uma foto histórica e inédita em uma Copa: o jogo mais esperado do futebol mundial em um país presidido por uma mulher (Dilma Rousseff), tendo em campo seleções que tem mulheres no cargo mais alto da política (a presidente Kírchner e a chanceler Angela Merkel). Marca expressiva em um mundo com apenas 13 mulheres presidentes.

Zé-regrinha

A Fifa enviou advertência ao goleiro da Ar­­gen­­tina, Sergio Romero, por mostrar uma camisa com uma mensagem para sua mulher e filhos. A camisa foi exibida após ele pegar dois pênaltis contra a Holanda, quarta-feira, na semifinal. A Fifa proíbe que jogadores usem seu uniforme para passar "mensagens política, religiosa, de cunho pessoal, comunicados e imagens, ou propagandas".

Colaborou: Marleth Silva.

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