Quando saiu do primeiro confronto com o Palmeiras, o Coritiba era a bola da vez no futebol nacional. Três semanas se passaram e o time inicia a decisão contra o Vasco em um estágio mais próximo ao de antes do 6 a 0 no Couto Pereira que foi adquirido imediatamente após aquela partida.
O Vasco é muito mais bola da vez hoje do que o Coritiba. Vem crescendo de produção, bateu o Avaí de maneira incontestável fora de casa, soube voltar a atenção para o Brasileiro no fim de semana, tem jogadores com mais currículo e um técnico que sempre se quis que desse certo.
O cenário é plenamente favorável ao Coritiba. É possível amanhã, em São Januário, entrar sem a pressão dos duelos com o Ceará. Convidar o Vasco para jogar no seu campo e explorar as deficiências cariocas. As mais notáveis, a lentidão no meio-campo, a falta de um companheiro confiável para Dedé e a pobreza técnica dos laterais. Sem a obrigação da vitória, o Coxa tem toda a condição de voltar do Rio com a mão na taça.
Arena
A aguardada reunião do Conselho Deliberativo do Atlético, hoje, deve ter o caráter muito mais de exposição de soluções para a Arena na Copa de 2014 do que de decisão. A diretoria levará aos conselheiros todas as propostas recebidas de diferentes construtoras. Aquela que deve levantar mais questões e tem maior possibilidade de ser executada é a da OAS, costurada durante a semana passada.
O impasse está no que o Atlético cederá para a construtora. Cessão de naming rights, da administração do estádio, de espaços para eventos da OAS e mesmo do antigo terreno do colégio já foram cogitados como moeda de troca. O clube, por ora, admite apenas ceder o naming rights do estádio e do CT do Caju. O raciocínio é de que não vale a pena abrir mão de mais coisas por um estádio que está 75% concluído. A diferença entre o que a OAS pedir e o Atlético ceder pode ser coberta em obras dos governos estadual e municipal em geral, dentro do que a legislação permite.
Negócios
No começo do ano passado, entrevistei Mario Celso Petraglia para a Gazeta. Entre diversos temas, perguntei como ele pretendia participar da operação Copa pelo País. Segue a resposta: "Tenho minha origem empresarial. Nosso grupo pode fornecer grandes equipamentos para estádio. Por exemplo, nós temos uma das maiores fábricas de estrutura metálica do país, que fez até para o Atlético. Estamos sintonizados em função dos investimentos que a Copa trará para o Brasil nessas 12 cidades e seus reflexos. É nisso que estou voltado, para ver se sobram alternativas de negócios para o nosso grupo."
Durante a apresentação da sua proposta para conclusão da Arena, hoje, diante do Conselhão, é muito bem-vindo que Petraglia explique o quanto suas empresas participariam de uma obra na Arena sob seu comando.
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