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Na melhor das hipóteses, o Coritiba terá um fim de ano pálido. Monotonia que será garantida com vitórias sobre Corinthians e Criciúma. Se falhar, levará a briga pelo rebaixamento até o fim do Brasileiro.

Desde 2004 o ano coxa-branca não termina tão sem sal. Foi, curiosamente, uma temporada também de grande expectativa. Ano de Libertadores, que começou com título estadual sobre o Atlético, a primeira conquista alviverde dentro da Arena. Ano de Aristizábal como estrela do time, campeão brasileiro do ano anterior no Cruzeiro de (o mundo gira) Deivid e Alex.

Ari chegou em recuperação de uma lesão no joelho e brilhou pouco. Ano de Luís Mário, que jogou bem, mas não conseguiu carregar o time sozinho porque é o Luís Mário. Ano de Tuta, contratado a tempo apenas de ser inscrito para o mata-mata da Libertadores que o Coritiba acabou não jogando. Ano de um meio-campo fraco. Erros de planejamento condenaram o Coxa a um Brasileiro anêmico.

Depois, rebaixamento em 2005, não acesso em 2006, acesso em 2007, bom Brasileiro em 2008, rebaixamento em 2009, acesso em 2010, quase Libertadores em 2011, risco de rebaixamento em 2012. Tudo decidido nas últimas partidas do ano, emoção – para o bem e para o mal – que o Coritiba espera não ter esse ano, diante das opções.

A solução é liquidar logo 2013 e pensar apenas em 2014. Tudo que for feito para o ano novo passa pelo departamento de futebol e seu comando. Semana passada, na coletiva de Alex, veio à tona a informação de que talvez não seja Mário André Mazzucco o superintendente de futebol da próxima temporada. Um erro.

O mercado de gestores de futebol ainda está em formação no Brasil. Há poucos profissionais de qualidade e experiência inquestionáveis. Aos olhos do mercado, um deles é Felipe Ximenes, que deixou o Coritiba após dois anos ótimos, um ruim e outro péssimo. Outro é Rodrigo Caetano, com seu salário de três dígitos. No mais, nomes de grife, como o questionado Paulo Pelaipe, do Flamengo, e Ocimar Bolicenho, de fama maior que seus trabalhos em Atlético, Ponte Preta, Marília, Santos, Joinville... Ou apostas.

Se for para apostar, que seja em Mazzucco. Profissional da casa, preparado. Conhece o clube e traz a esperança de um aproveitamento melhor e mais lógico dos garotos formados no CT da Graciosa. Já é um bom começo.

Estadual

O Atlético jogará o Paranaense-2014 com o sub-23, isso é certo e já anunciado. Se entrar na fase de grupos da Libertadores (é o provável), talvez use um ou outro jogo para aquecer o time principal. É o ajuste que 2013 indicou que precisa ser feito. O Coritiba também acena com o uso de garotos. Ambos deveriam usar a primeira fase para testar seus meninos enquanto os homens treinam e usar o que têm de melhor somente no mata-mata. O mesmo vale para o Paraná, que com ou sem acesso, terá um time novo para montar.

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