Um asterisco acompanha a série de 23 vitórias do Coritiba. Qualquer comentário principalmente da imprensa nacional sobre a sequência histórica é acompanhado por uma ressalva sobre o poderio dos adversários. O nível do Campeonato Paranaense virou atenuante para um feito único, como se os outros estaduais não fossem quase todos igualmente fracos. Mesmo no Paulista, onde os times do interior são mais fortes, os grandes são mais fortes na mesma proporção. E mesmo assim ninguém chegou ao menos perto de tal façanha.
O duelo contra o Palmeiras é perfeito para varrer este asterisco. Há do outro lado um grande do futebol brasileiro, treinado por um especialista em mata-mata e sem a desculpa de que é necessário dividir-se entre Copa do Brasil e Estadual.
Valdívia e seu chute no vazio farão falta, menos pela qualidade supervalorizada do chileno, mais por não deixar Marcelo Oliveira na dúvida quanto a destacar alguém para marcá-lo individualmente. O jogo com o Palmeiras é para ser vencido por baixo, com o rápido toque de bola de Davi, Rafinha e, provavelmente, Anderson Aquino. A zaga palmeirense é forte por cima. E Kléber será, enfim, um atacante capaz de testar o quanto Emerson arrumou a zaga coxa.
Atlético
Em tese, a missão do Atlético é mais tranquila. O Vasco é mais fraco que o Palmeiras e o nítido desequilíbrio emocional cruz-maltino na disputa por pênaltis contra o Flamengo é animador. No momento de maior tensão da temporada, o Vasco só conseguiu acertar uma mísera cobrança. Como o clube carioca irá assimilar esse baque e administrar a pressão de jogar na Arena são duas incógnitas.
Ao Furacão, não resta muita dúvida do que fazer. O primeiro tempo do jogo com o Bahia, em casa, pela Copa do Brasil, deveria ser exibido em todas as preleções por Adilson Batista, até o time repetir aquela atuação de forma inconsciente toda vez que jogar em casa. Fazer a primeira partida na Arena tem como única vantagem jogar no ombro do adversário toda a pressão de reverter um placar elástico no jogo de volta.
Vencer bem será fundamental para coxas-brancas e atleticanos. De preferência, sem levar gol.
Selvageria
Fui questionado no Twitter sobre a semelhança da pancadaria após Goiás x Vila Nova e os distúrbios de 9 de dezembro de 2009, no Couto Pereira. O episódio no estádio do Coritiba teve de chocante a invasão de gramado em massa. E, a partir dali, uma batalha campal. Em Goiânia, a briga concentrou-se na arquibancada e fora do estádio, o que reduz (não muito) a gravidade do caso. Por outro lado, houve briga generalizada entre atletas.
O consenso é que este será o primeiro episódio em que a barbárie do Alto da Glória servirá de parâmetro para um julgamento na Justiça Desportiva.
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