Ao longo dos 18 meses de Marcelo Oliveira no Coritiba, houve três momentos de pressão forte pela saída do treinador: nos dois vices da Copa do Brasil e na incapacidade do time em se afastar da zona de rebaixamento. Segurar a pressão nos vice-campeonatos foi mais fácil para a diretoria. Em 2011, o título escapou com vitória após uma campanha fantástica. Em 2012, a influência de Wilton Pereira Sampaio no primeiro jogo virou escudo.
A campanha ruim no Brasileiro não ofereceu válvula de escape. Marcelo Oliveira foi demitido, Deivid chegou para resolver o problema do ataque e Felipe Ximenes acabou ficando 15 dias fora por motivos de saúde. Três movimentos dois programados e outro fortuito que pacificaram o ambiente no Couto Pereira e criaram as condições para o time seguir na Série A.
Relembrar essa história é importante em um momento de pressão sobre Marquinhos Santos após a goleada na Copa do Brasil. Parte da torcida culpa o treinador pela derrota e pela instabilidade do time em 2013. A questão é medir quanto essa leitura se é que é compartilhada pela diretoria pode levar a uma troca de treinador.
A direção do Coritiba já deixou claro que a mudança de técnico é o último recurso para ajustar o projeto. Ou seja, troca antes do duelo de quinta-feira é impossível e seria uma irresponsabilidade fazer diferente. E mesmo depois de uma eventual eliminação, parece improvável. Ainda há um cartucho a ser queimado.
O clube procura três reforços (dois laterais e um atacante). Trazer nomes que deixem uma boa primeira impressão tiraria o foco de Marquinhos e não jogaria a pressão para a diretoria. Um fôlego para o treinador arrumar o time sem a necessidade de uma mudança traumática.
Olhando para o histórico da diretoria alviverde, é mais provável esperar uma correção com as peças atuais do que a via comum de trocar o treinador para criar o batido fato novo.
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A derrota para o Nacional deriva muito mais de menosprezo e relaxamento do que de desconhecimento. Na véspera da partida, Marquinhos Santos relatou a esse colunista as virtudes do time manauara: velocidade e criação de Danilo Rios; avanço dos laterais; jogo um contra um de Felipe; aproximação de Roberto Dinamite. Foram as chaves do 4 a 1 na quarta-feira.
O Coritiba pareceu vítima de um relaxamento pós-título estadual e de não acreditar que era possível perder para um adversário teoricamente tão inferior. É um problema recorrente no elenco coxa-branca. O time tem apagões recorrentes nos primeiros e últimos minutos de vários jogos, também diante de oponentes bem inferiores. Era assim com Marcelo Oliveira. É assim com Marquinhos Santos. Seria com Guardiola, Klopp, Mourinho ou quem fosse. Faz muito mais sentido atacar esse problema do que mudar o "professor".
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