• Carregando...

Sintomáticas as primeiras reações à contratação de Renato Gaúcho pelo Atlético. Nas redes sociais e nos fóruns, fala-se muito mais da fama de garanhão do treinador e da beleza de sua filha do que sobre aquilo que ele pode fazer para tirar o Furacão da lanterna do Brasileiro.

Há muito folclore em torno de Renato – uma fogueira em que ele sempre fez questão de botar muita lenha. Mas também não há muito a dizer sobre as suas virtudes como treinador. Renato em momento algum da sua carreira conseguiu fazer seus times serem reconhecidos pelas virtudes táticas. Também não há, na sua biografia, um jogo cuja história Renato tenha mudado a partir do banco de reservas.

A virtude de Renato está em fazer os jogadores se sentirem à vontade para jogar para ele e por ele. Quarta-feira passada, Douglas, André Lima, Fabio Rochemback e Gabriel foram chorando ao hotel onde Renato morava implorar que ele não pedisse demissão do Grêmio. Somente alguém que com razão se diz "o mestre" dos jogadores para conseguir tamanha cumplicidade.

Renato não é o mestre da tática, é o mestre da boleiragem. E será este espírito boleiro que ele levará ao sonolento vestiário rubro-negro. O efeito costuma ser imediato e ter curta duração. Que o diga o Grêmio, incendiado pelo seu treinador e ídolo no segundo semestre de 2010, mas sem conseguir sair do lugar quando foi necessário planejamento para este ano.

Renato Gaúcho no banco costuma ser satisfação garantida por seis meses. É o tempo que o Atlético tinha para oferecer ao novo treinador. É o tempo que Renato tem para livrar o Atlético do rebaixamento. Na teoria, tem boa chance de dar certo.

Devo, não nego...

Só trazer Renato Gaúcho não resolve. O Atlético precisa pagar a promessa feita a Falcão de trazer três grandes reforços. Santiago García entra nessa lista. Itamar, não.

... Pago quando puder

Dívidas do passado seguem sendo um freio no avanço do Coritiba. Somente este ano, entre rescisões e premiações pendentes, o Coxa fez pagamentos a Ney Franco (2010), Ivo Wortmann (2009), Dorival Júnior (2008), René Simões (2007) e, pasmem, Paulo Bonamigo (2001-2003). Além, claro, do salário do atual treinador, Marcelo Oliveira.

Vexame

Mesmo que a Venezuela tenha melhorado nos últimos anos e o mais importante na Copa América seja testar em competição o time para 2014, empatar com a vinotinto é feio. Mas vexame, mesmo, é permitir que dirigente de um clube estrangeiro vá do hotel ao estádio no ônibus da seleção. Sandro Rosell, presidente do poderosíssimo Barcelona, ocupou assento confortável no bonde para La Plata. É como permitir a uma raposa entrar no galinheiro escolher qual ave (Pato? Ganso? Crista de Galo?) pretende comer quando der fome.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]