O sufoco que marcou a classificação do Atlético tem muito mais a ver com o placar do que com o futebol apresentado. A demora para marcar o gol e o apertado 1 a 0 mantiveram o Rubro-Negro sob o risco de ser eliminado por qualquer golpe certeiro do Sampaio Corrêa. O volume de jogo, contudo, foi satisfatório. O time criou inúmeras chances de gol, quase sempre frustradas pelo goleiro Rodrigo.
A solução mais uma vez saiu do pé direito de Paulo Baier, em uma repetição incompleta do filme dos três últimos anos. Incompleta porque a campanha no Paranaense deixa claro que o camisa 10 não é mais o único caminho para o Atlético vencer, mas ainda assim é o mais confiável nas partidas mais complicadas. O jogo de ontem, na Vila, deu uma noção do que o time enfrentará nas próximas rodadas da Copa do Brasil e na Série B. Aí, sim, será necessário apresentar mais do que Baier.
Projeto K9
A volta de Keirrison ao Coritiba tornou-se mais concreta esta semana, com a notícia do jornal El Confidencial, da Espanha, de que o Barcelona já aceitou emprestar o atacante por dois anos. A negociação foi costurada por André Cury, empresário que, em nome da Traffic, intermediou as transferências de Henrique e do próprio K9 para o Barça, entre 2008 e 2009. O clube catalão pagará parte do salário, como fez com Cruzeiro e Santos, e é exatamente a parte que caberá ao Coxa que ainda está em discussão.
Ao que tudo indica (inclusive a entrevista do próprio Keirrison à Gazeta, há pouco menos de duas semanas), essa questão salarial não será um problema. O grande obstáculo para o sucesso do retorno de Keirrison está no jogador. Desde que deixou o Palmeiras, no primeiro semestre de 2009, o K9 vestiu quatro camisas diferentes, disputou 58 partidas oficiais e anotou 14 gols. Como comparativo, em 2008, o melhor ano da sua carreira, foram 41 bolas na rede em 57 partidas.
As contusões e a falta de sequência de jogos atrapalharam e os dois fatores combinados afetaram a confiança, algo fundamental para quem vive de fazer gols. A recuperação de Keirrison é viável, mas exigirá tempo e paciência. Primeiro para que ele esteja, física e clinicamente, apto a jogar, o que deve ocorrer no meio do ano. Depois, para que ele readquira ritmo e confiança, além de se encaixar no time do Coritiba, que carece de um camisa 9 mais eficiente.
É natural que a torcida esteja ansiosa pelo retorno de Keirrison, pelo ídolo que é no Coritiba e pela necessidade de alguém como ele. O que não pode é essa ansiedade passar para o clube e o próprio jogador. A volta do K9 ao Alto da Glória é um projeto de médio prazo, para o meio do ano. A sua transformação em um reforço de fato, que volte a decidir jogos com a mesma frequência da sua primeira passagem pelo clube, é um projeto a longo prazo. Trocando em miúdos: Keirrison até deve retornar ao Coritiba em 2012, mas o K9, se voltar, será só ano que vem.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião