Sucumbiu o centenário Coritiba Football Club. De corpo e alma. Afundou-se no buraco que ele próprio cavou. Está lá, enterrado nos escombros de uma batalha sangrenta, irracional e para a que jamais alguém conseguirá encontrar justificativas. Caiu e continua em queda livre. O "vovô" do nosso futebol pagará uma alta conta. Conta que ainda não foi calculada. Prejuízos? Muitos. E custarão caro. As pobres almas penadas irão arder nas chamas do inferno verde que criaram...

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O rebaixamento era um perigo real, desconsiderado pelo Coritiba na postura e, principalmente, no discurso. A grande diferença entre o Coxa e os adversários cariocas é que eles se preparam para não perder. O Coritiba, não. Definitivamente, não. A soberba tem sido uma marca registrada do futebol paranaense, que se imagina maior do que é. Há uma impressão equivocada que temos times grandes. Estamos longe deste estágio.

O comportamento selvagem ao final da partida, tratada como uma "guerra" pela sobrevivência, demonstrou o quanto somos pequenos de espírito. O futebol brasileiro em geral anda assim. Curitiba não foi o único caso de violência no fim de semana que deveria ser espetacular. O campeão brasileiro, Flamengo, provocou em seus torcedores reação insana que resultou em brigas igualmente inexplicáveis. Em Santos, puseram fogo em um carro de reportagem e os torcedores saíram em confronto com a polícia, como no Couto Pereira.

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Vivemos uma crise moral. Algumas pessoas "usam" o futebol como válvula de escape para seus recalques, frustrações, e extravasam suas mediocridades em reações covardes, agredindo quem passe à sua frente. Perdeu-se o respeito pela polícia, imaginem. O que mais poderão respeitar? Ou temer? Não há limites. Faliram as instituições e a anarquia está estabelecida.

Querem o fim das organizadas! Discurso fajuto que não resolverá o problema. Alguém foi identificado e preso? Alguém responderá pelos crimes que cometeu no domingo, dentro e fora do Estádio Couto Pereira? Um policial quase foi morto na "batalha" e, querem acabar com as organizadas? Ora, é preciso um gesto maior, mais corajoso e mais contundente. Senhores, a situação está fora do vosso controle. Acordem!

Personagem: Cuca

Tirou o Fluminense do buraco. O Tricolor carioca chegou à impressionante chance de 97% de rebaixamento no Campeonato Brasileiro e escapou. Cuca assumiu o comando, fez uma limpeza no time e salvou-o da Segun­­dona.

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