Primeiro, dez a zero. Agora, nove a um. Chutou o cachorro morto? Bateu no bêbado? Roubou pirulito de criança? Não importa. "Futebol é onze contra onze". Isso é que vale. Naviraiense e Ituano foram vítimas de um Santos arrasador, como nos tempos de Pelé, os velhos tempos. Tempos em que goleadas como estas eram co­­muns.

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Pelé fez o milésimo gol em 1969, quando tinha ainda 29 anos. Naqueles anos dourados, os artilheiros eram artilheiros de verdade. Faziam 30, 40 gols num campeonato. Pelé marcava mais de 50. Atualmente vemos um cara com míseros cinco gols ser rotulado de artilheiro.

As duas goleadas chamam a atenção pelo exagero. Foram 19 gols em dois jogos, 60 em 18 partidas na temporada. Há times que criam oportunidades e mais oportunidades e perdem todas, empatando ou perdendo jogos. Atribuem à falta de sorte e à injustiça o destino do resultado final. O Santos de Dorival Júnior tem sido impiedoso. Aproveita tudo que lhe é oferecido pelos adversários. Converte em gols todas as chances criadas.

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Assim como os saudosos lembram de Pelé e companhia, os privilegiados de hoje poderão contar às próximas gerações as façanhas deste jovem e eficiente time do Santos. Neymar, Ganso e André, acompanhados por Robinho e Marquinhos, jogam com simplicidade e objetividade que futebol parece não ter mistérios. Desenvolvem um balé mágico ao conduzir a bola pelo gramado e levá-la até a rede adversária.

O que o Santos vai ganhar ou onde vai chegar também não importa. O que realmente importa é o legado que esta equipe está deixando. O Santos dos meninos da Vila demonstra que o futebol arte é perfeitamente viável, que os espetáculos podem acontecer sem tornar os times perdedores por isso. Pode-se vencer e proporcionar ao público o show, que no fundo no fundo, todos pagam para ver quando compram seus ingressos para ver jogos de futebol.

Vai começar

A segunda fase do Campeonato Paranaense começa e muita gente acha que a competição vai começar de fato. Bem, perdeu-se tempo, então? Restam sete rodadas para enterrarmos a maldita fórmula que inventou o supermando. Depois, é só esperar que os erros não se repitam em 2011. Difícil de acreditar nas circunstâncias atuais. Vivemos época em que amadores comandam o futebol profissional. Isso precisa acabar em nome da evolução...

Personagem: Juninho

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No último ato, o mais dramático de todos nesta primeira fase, o goleiro do Paraná defendeu um pênalti que mudou diversos destinos. Salvou o Rio Branco da degola, rebaixou o Toledo e ainda garantiu o quarto lugar e quatro "supermandos" ao Tricolor. Tudo isso aos 50 minutos do segundo tempo.

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