Previsível!

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O sonho acabou! Res­ta­ram os cacos da destruição dos nossos so­­nhos. Fomos ao Mun­­dial com a velha presunção de que somos imbatíveis, infalíveis e invencíveis. Provamos o contrário. Dunga pregou patriotismo quando pediu apoio da nação ao escrete que acabava de anunciar no dia 11 de maio.

O povo apoiou. Vestiu-se de verde e amarelo para torcer pe­­lo hexa. Mas tínhamos um time medíocre. Um técnico inex­­periente, que chegou arrogante à África do Sul, apresentando um currículo vencedor em torneios que pouco atestavam tal competência. Certas vi­­tórias e conquistas precisam ser dimensionadas com cautela para não haver exageros.

A Era Dunga, amaldiçoada em 1990, foi repaginada em Felipe Melo, símbolo de tudo aquilo que o torcedor rejeitava nesta seleção de 2010. Acabou o sonho e a Era Felipe Melo, he­­rói e vilão em noventa minutos. Fez o que se esperava dele no segundo tempo, depois de realizar um passe genial para Robinho abrir o placar.

O jogão: Argentina e Ale­­ma­­nha, a final antecipada. Jo­­go dos gigantes da Copa da África do Sul. O confronto que poderia acontecer dia 11 de julho, mas será hoje, 11 da manhã (ho­­rário de Brasília). Argentina e Alemanha, que jogará com 12? Sim, o juiz! Na Copa dos erros grosseiros dos árbitros, Argentina e Ale­­ma­­nha foram os grandes beneficiados. Os grandes erros foram a favor de Argentina e Ale­­manha.

Nelson Rodrigues já indagava nos idos de 50, "o que seria do futebol sem a figura do juiz ladrão?". Claro que as duas se­­leções não precisam da ajuda amiga do apito para chegar ao título. São as melhores deste Mun­­dial. Deste jogo sai a provável campeã. Argentina ou Ale­­ma­nha! Duelo de gigantes. Deveria ser a final. Mas não é!

Personagem: Felipão. Dunga encerrou seu ciclo. Felipão sur­­ge como o principal nome para o cargo que ocupou na Copa de 2002, levantando o pen­­ta. Fe­­lipão é o técnico que Ricardo Teixeira deve convidar para o cargo. E Felipão de­­­ve aceitar.

A frase: "Eu sou o comandante, tenho que assumir a responsabilidade", declarou o técnico Dun­­­­­ga, após a derrota para a Holanda que eliminou o Bra­­sil da Copa.