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O polêmico supermando, definido pelo famigerado artigo 9.º do regulamento do Campeonato Paranaense, poderia ser um marco histórico. Há fatos que entram para a história por causa da sua relevância e os nossos pobres dirigentes estão desperdiçando uma oportunidade de ouro.

Vivemos vinte anos sob o estigma de um supermandato na FPF, coisa típica de regimes ditatoriais. Agora a situação parece seguir o mesmo caminho. O arcaico estatuto da FPF, que permite eternas reeleições, sugere tal regime. Acomodados, os clubes apenas dizem "amém" e rezam nesta cartilha maléfica ao futebol estadual.

Vamos ter um Campeonato Paranaense tão medíocre em 2010 quanto tivemos em 2009. A única vantagem é que já sabemos disso. As regras já são conhecidas e o torcedor, impotente, terá como alternativa afastar-se das arquibancadas e esperar pelo Brasileiro, esse sim, um torneio sério.

As mirabolantes fórmulas de disputa são peculiaridades dos campeonatos regionais. Cada estado exerce seu poder de criatividade e as monstruosas fórmulas nascem dos laboratórios dos clubes e federações. Fomos os campeões. Ninguém conseguiu façanha como a nossa. Nossos dirigentes estão de parabéns. Merecem um troféu!

O artigo 20 da Lei Pelé faculta às pessoas físicas e jurídicas a criação de ligas. O Paraná poderia tomar uma atitude de vanguarda e criar a primeira liga de futebol profissional do país, nos moldes europeus. Contratar executivos com formação adequada para a administração do campeonato estadual, com assessoria jurídica capacitada para evitar aberrações como o artigo 9.º. Basta vontade de entrar para a história.

Jurisprudência

A "mala branca" do Barueri não é novidade. A sinceridade de Val Baiano poderá ser punida. Incentivos a jogadores para ajudar "necessitados" é prática antiga no futebol brasileiro. Questão mais ética que jurídica. No ano passado, Rafinha, do Toledo, deu declarações admitindo a combinação entre o seu time e o Marcílio Dias na Série C para ambos se classificassem? Ajuda mútua! Sincero, Rafinha "pegou" cinco jogos e os clubes pagaram 3,5 mil e 500 reais de multa, respectivamente.

Personagem: Dunga

Em alta com a seleção brasileira, o treinador mostrou espírito patriota em sua passagem por Curitiba, para inspecionar as instalações do CT do Caju, admitindo militarmente estar a "serviço" do Brasil na Copa.

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