Um jovem de 18 anos chama a atenção do país do futebol: Neymar. Garoto formado nas categorias de base do Santos, desponta como a nova grande promessa nacional. Bastaram poucas atuações espetaculares e Neymar tornou-se a sensação do Campeonato Paulista, na véspera da estreia de Robinho.
Inevitáveis comparações. Há quem peça Neymar na seleção. Pelé começou seu reinado com 17 anos na Suécia. Ronaldo, o Fenômeno, disputou seu primeiro mundial também aos 17 anos. Maradona surgiu aos 17 e os argentinos tiveram receio de levá-lo ao Mundial da Espanha, deixando para 86 seu grande momento, já mais experiente.
Não há intenção de comparar um com os outros, mas é inegável o talento do jovem craque santista. Dunga é o técnico da seleção brasileira e vive sob a pressão da opinião pública. Ouve as cornetas tocando em sua orelha o tempo todo. Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Fred, Ronaldo, sempre há um nome sendo soprado nos ouvidos do treinador.
Haveria espaço para jogadores de 18 anos na seleção? Dunga seria ousado a ponto de convocar Neymar. Ora, levou Pato, por que não Neymar? O futebol brasileiro está retrocedendo. Com a escassez de revelações, os clubes investem em veteranos quase aposentados. Os jovens querem o mundo e não rendem (no sentido material) mais como antigamente. Times como o Inter dos anos 70 e o Flamengo dos anos 80, feitos em casa, já não existem mais.
Então, sempre haverá preferência para um Robinho em má fase sobre uma grande revelação como Neymar. Dirão alguns: Neymar fez muito pouco para merecer a seleção. Ora, ele tem só 18 anos. Já fez o bastante para ser convocado.
A volta de Ocimar
Ex-presidente do Paraná, Ocimar Bolicenho vai estar do outro lado na Vila Capanema, amanhã. Ocimar descobriu no futebol a profissão. Dirigentes são apaixonados, profissionais são racionais. Esta é a diferença entre o Bolicenho presidente tricolor e o Bolicenho diretor de futebol do Atlético. Certamente há um coração dividido no peito de Ocimar, mas, como dizia o saudoso Lombardi Júnior, "é o futebol e a vida"...
Personagem: Braatz
O assistente Roberto Braatz, de Marechal Cândido Rondon, representará o Paraná na Copa do Mundo. Uma presença inédita que deve orgulhar a classe. Braatz recebe apenas o reconhecimento de um trabalho desempenhado com extrema competência, que fez dele apenas o melhor do país na posição.
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