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Era de se esperar uma partida renhida, bem disputada. Os dois técnicos são muito estudiosos e costumam montar as suas equipes de acordo com as virtudes ou fraquezas dos adversários. Não se prendem a uma escalação padrão ou a um sistema tático ortodoxo (como os mais conservadores costumam defender), oferecendo novas alternativas conforme as circunstâncias de cada confronto.

Por conta disso o Paraná surpreendeu no primeiro tempo e o gol marcado aos 2 minutos contribuiu para uma desestabilização no esquema tático do Coritiba. Tudo o que havia sido combinado no vestiário se desfazia ali, praticamente no primeiro lance da partida. E dessa vez o técnico Marquinhos Santos demorou para reagir, permitindo que o Tricolor chegasse ao segundo gol ainda na etapa inicial.

E quando o Coxa reagiu foi com Alex. Certo, ele faz mesmo a diferença e justifica todas as apostas feitas. E com dois gols de cabeça, que, digamos, não está entre seus principais predicados. Mas fez a diferença, equilibrando o placar de uma partida que estava pendendo para o lado dos paranistas, por conta da melhor harmonia de suas peças em campo.

Só que em dois pecados a situação voltou a pender para o lado tricolor. Primeiro, na expulsão de Pereira, justíssima, fruto de sua incontida volúpia em lance lá no meio de campo. Foi imprudente ao armar uma tesoura voadora e corretamente expulso pelo árbitro (aliás, que atuação sóbria e discreta, praticamente perfeito em campo). O outro momento decisivo foi o erro de Willian (logo ele, um dos mais eficientes jogadores da temporada) na saída de bola, oferecendo o gol de presente a Rubinho.

O Paraná soube tirar proveito das melhores situações, do melhor conjunto e da motivação passada por Toninho Cecílio para quebrar o tabu de 17 anos sem vitória no Alto da Glória.

Três na disputa

E o Londrina vai fazendo a parte que lhe cabe. Sem tomar conhecimento dos adversários, acumula pontos a cada nova partida e lidera, com justiça e competência, o segundo turno. Foi ontem a Arapongas e passou por cima dos anfitriões, abrindo três gols de diferença e só permitindo a reação dos locais por conta de um relaxamento natural de quem tinha a partida inteiramente sob controle.

Note-se que o Tubarão jogou sem quatro de seus principais titulares e mostrou força de reposição nos jogadores que entraram. Destaque maior para o artilheiro Neilson, que fez dois gols e ainda salvou uma bola em cima da linha.

Como J.Malucelli e Atlético também venceram fora de casa, a disputa pela ponta desse returno está entre os três e, do jeito como os jogos se encaminham, dificilmente sairá dessa centralização. Os sete pontos de vantagem sobre Operário, Coritiba e Paraná já permitem contar outra história quanto a estes possíveis pretendentes.

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