No último lance do jogo, Luís Fabiano estica o braço, a bola bate ali e entra, garantindo o empate do São Paulo contra o Atlético, em Uberlândia. Os comentaristas da tevê até disseram ter sido gol legal, mas o lance me pareceu todo irregular, com o braço aberto, impulsionando a bola em direção ao gol. Certo que houve um pênalti não marcado para os paulistas, mas que o gol tricolor foi estranho, isso foi.

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De qualquer forma, pelo movimento do jogo o placar foi justo. O Atlético criou mais chances no primeiro tempo, mas permitiu o crescimento do adversário no segundo e o grande pecado atleticano foi – por alguns momentos – abrir mão do domínio de jogo em troca da tentativa de garantia de resultado.

E foi só quando o São Paulo cresceu e balançou a rede que os rubro-negros voltaram ao gol com Cléo, pecando de novo ao permitir que os tricolores chegassem na área para o artilheiro usar a mão e empatar a partida. Pelo menos foi a despedida do castigo de jogar longe de Curitiba, a dura pena que o clube paga pela irresponsabilidade de seus torcedores. Quando a Copa terminar, o Atlético ainda cumprirá pena, mas pelo menos jogando no seu estádio, ainda que com portões fechados.

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Em Criciúma, outro momento do martírio do Coritiba, o único time sem vitória no Brasileiro. Situação difícil.

O perigo

Fiquei por aqui um bom tempo, procurando um gancho para escrever sobre o Paraná. Não encontrei nenhum que já não fosse repetido, alguns insistentemente repetidos nesses últimos tempos. Falta de time, falta de dinheiro, falta de condições e falta de pique para conseguir sair desse marasmo da Segunda Divisão.

Só que agora, pensando bem, há um ingrediente novo que tem insistido em tentar aparecer: ameaça de rebaixamento. Sim, nunca os parananistas estiveram tão próximos da ameaça de queda. Por mais que se possa entender precoce uma afirmação dessas, com oito rodadas de um campeonato que tem mais 30 pela frente.

Mas a derrota de anteontem para a Ponte Preta foi um atestado dessa situação. Por mais que o técnico Claudinei Oliveira (que parece entender do riscado) tente criar alternativas táticas, o time não responde em campo e deixa escapar vitórias que se encaminhavam como certas até o golpe da virada. E equipe que caminha nesse ritmo dificilmente consegue tomar rumo, aumentando ainda mais o sofrimento com o decorrer do campeonato.

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Ainda há o fator agravante: a parada da Copa do Mundo. Se a comparação específica do Paraná pesar, o prognóstico ainda é mais sombrio. Quem não se lembra do último Mundial, em 2010? Os tricolores chegaram nesse intervalo como líderes da competição e aí, na volta, só fizeram perder posições até estarem alijados da disputa pelo acesso. A falta de jogos levou à falta de dinheiro e aí as consequências estouraram em campo. E agora, como será, classificado ali no limite do rebaixamento, com o mesmo número de pontos de quem está no atoleiro? Ainda sem dinheiro e com o mesmo risco de caixa zero a partir da paralisação para a Copa?

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