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Mais uma rodada sem vitória paranaense. Isso já está se tornando enfadonho.Mas, pelo menos dessa vez, dá para considerar que um dos resultados foi positivo, o do Atlético. Não pela necessidade de vencer e recuperar os pontos que jogou fora até agora, mas pelo que jogou e pelo que representa tirar um ponto do Corinthians jogando com apoio de sua fiel e barulhenta torcida.

Pois o Atlético de ontem, no Canindé, já mostrou uma nova cara, fruto das mudanças (principalmente táticas) promovidas pelo técnico interino Leandro Ávila. Sem aquelas invenções de dois laterais ocupando o mesmo espaço, mas com jogadores tendo noção de suas funções e do que poderiam representar no conjunto.

Certo que Weverton fez três incríveis defesas no primeiro tempo, mas goleiro está lá para isso mesmo. O Corinthians chegou ao gol num pênalti discutível e os rubro-negros foram buscar o resultado, revigorado com as boas entradas de Nathan e Douglas Coutinho.

E quando Coutinho fez o gol – instantes após perder outro incrível –, o time já era superior em campo e por muito pouco não chegou à virada, provando ter condições de fazer bem melhor do que vinha apresentando até agora. O Atlético não venceu, mas pelo menos dessa vez não dá para se queixar.

Antes da partida, que transmiti para a RPC TV, acompanhei pelo vídeo, já no Canindé, o novo tropeço do Coritiba. Um gol de azar, no desvio que tirou o goleiro Vanderlei do lance. E o pênalti convertido por Alex pelo menos amenizou o resultado, que até poderia ser considerado bom por se tratar de partida contra o líder do campeonato.

Turbulências

E o Paraná Clube continua na mesma, na inércia. Em Florianópolis até que ensaiou uma vitória, soube segurar o jogo e explorar os contra-ataques e saiu na frente, dando a impressão de poder surpreender o Avaí, até então sem vitória em casa. Ficou na impressão. Uma falha individual e outra de posicionamento permitiram a virada aos anfitriões, fechando mais uma derrota tricolor no campeonato da Segunda Divisão. O primeiro gol sofrido foi tão estúpido que deu um choque nos paranistas, a partir dali distribuídos em campo como zumbis, apenas correndo atrás da bola e dos adversários.

E assim, aos poucos, o sonho de voltar ao grupo principal do futebol brasileiro, depois de tantos anos tentando sem êxito, vai se desmanchando rodada a rodada. E agora, ao invés de olhar para cima, a preocupação é olhar para baixo na tabela de classificação, pois o time só não está na zona de rebaixamento por um mero detalhe de desempate.

Estariam as turbulências de fora de campo (como a recente saída do gerente Roque Júnior) ainda interferindo na bola rolando? Infelizmente é o que parece.

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