Tudo parado à espera da Copa das Confederações. Os jogos de ontem à noite foram deslocados para o cumprimento da agenda da tevê, mas de agora em diante o foco do assunto será todo no torneio internacional que antecede a Copa do Mundo. E que deveria servir para ajustar estádios, vias, hotéis e outros procedimentos para o grande evento do ano que vem. Deveria, mas não será bem assim, pelo que se sabe.

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E nossos clubes chegam a esse período sem jogos em situações distintas. Um lá na ponta de cima, outro do meio para cima e outro do meio para baixo. Cada qual vivendo sua situação e tendo, por isso, mais ou menos motivos para ajustes enquanto a bola não rola.

O Coritiba está bem, melhor do que os próprios coxas imaginavam. Até ontem à noite (escrevo antes do jogo Portuguesa x Fluminense) liderava o campeonato com o aproveitamento considerado ideal para um campeão – com aproveitamento total em casa e empates fora, único invicto nessa parada. Claro que a mostragem ainda é muito pequena, alguns defeitos já surgiram nas partidas realizadas, mas a boa colocação permite um trabalho sem pressão, com possibilidade de melhores resultados na solução dos problemas detectados.

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Quando estiver novamente em campo, o Coxa poderá contar com alguns reforços consideráveis, a partir do aproveitamento de jogadores inativos há algum tempo e que finalmente foram liberados para ganhar forma. Emerson, por exemplo, é o mais aguardado de todos. Pela liderança que exerce, pelo desempenho com zagueiro e pelo alto rendimento como atacante nas bolas altas. E nessa esteira também virão Everton Costa (que até já jogou, mas ainda sem ritmo), Jackson e Keirrison, a grande interrogação dentre todos.

Para o Atlético, a parada traz de volta os tempos de letargia, que, hoje se sabe, impediu que o time ganhasse cadência em partidas oficiais. Foram cinco meses só treinando para exibir a flagrante falta de pegada, que só se adquire jogando. E quando a pressão dos maus resultados apertou o calo do técnico Ricardo Drubsky, pelo menos a diretoria honrou a posição que tomou de não disputar o Campeonato Estadual – que teria sido o laboratório ideal para lapidar o grupo, que é bom tecnicamente, mas está visivelmente travado em campo. Que culpa o técnico pode ter se os cartolas não deixaram o time se exercitar para ganhar conjunto? Por isso ficou lá atrás na classificação e a nova parada pode atrasar o processo de entrosamento que já dava alguns sinais.

No Paraná Clube, as vitórias apertadas pelo menos indicam que o time tem comando e se submete a ele, já que seu treinador entende ainda não ser previdente liberar a equipe para atacar sempre quando ainda expõe brechas lá atrás. Fechou essa primeira fase fazendo os resultados em casa e ao alcance do grupo de classificação. Tudo indica que a tendência é melhorar.