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O presidente voltou atrás. Teve a grandeza de reconhecer a atitude precipitada em não renovar com seu melhor jogador. Atendeu o apelo da torcida e Paulo Baier entrou em campo ontem com o contrato renovado. E feliz da vida, conforme declarou após a partida.

Por isso, tratou de retribuir em campo. Justamente quando o torcedor rubro-negro tentava se conformar com o empate em casa contra o homônimo mineiro. E Baier, que até então andava meio apagado em campo, explicou as razões de ser diferenciado, daqueles que podem decidir a partida em um só lance.

Bola em direção à área, ele recebeu de costas para o fundo e deu um toque genial, de calcanhar, servindo Roger para marcar. Gol do Atlético, três pontos garantidos, o presidente agradecido e agraciado e todo mundo feliz na Vila Capanema.

Foram três pontos importantes na caminhada para permanecer entre os melhores da competição. Hoje é terceiro e torce contra o Botafogo, para permanecer na posição, com dez pontos de vantagem contra o próximo concorrente a uma vaga no G4.

Sem saída

De Campinas, o torcedor do Coritiba não trouxe as mesmas boas notícias. Até que o time fez uma partida equilibrada contra a Ponte Preta. Teve algumas oportunidades, mas não concluiu e até mesmo Alex perdeu uma boa chance, provando que a fase está complicada mesmo. Pode hoje entrar na zona de rebaixamento se o Vasco vencer o Goiás. Tudo que o torcedor não queria.

A torcida joga

Foi na garra. Absorvendo a positiva energia repassada pela torcida, desde a recepção de domingo no aeroporto, o time do Paraná teve muitas dificuldades para superar o bem fechado e bem armado Bragantino. Mas passou. Apertado, mas passou. Ainda mais se contabilizarem a ausência de tantos titulares, pelas mais diversas razões.

O Paraná parece ter reencontrado seu eixo, reconquistando uma vaga entre os quatro primeiros classificados (ainda que esta posição dependa de uma não vitória do Avaí em jogo atrasado) e tentando reencaminhar sua passagem para o acesso, que parecia tão segura algumas rodadas atrás.

As três derrotas consecutivas, duas delas em casa, tiraram a equipe completamente do rumo e se não fosse a torcida resolver se unir no apoio ao grupo, a derrocada poderia ter se consolidado. Foi o torcedor quem reagiu em campo, passando confiança e segurança aos seus jogadores. Bem ao contrário de reações de alguns tempos recentes, quando era o primeiro a desaparecer do estádio ao primeiro sinal de instabilidade.

O torcedor paranista mostrou como é possível jogar junto, cobrar e incentivar o time. Sem invasões de gramado nem depredações. Apenas com apoio (inclusive financeiro, patrocinando a camisa de jogo) e carinho para que todos possam, unidos, atingir o objetivo comum do fim da temporada.

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