Noite tensa e de cobranças para nossos times da Primeira Divisão. Ambos na zona do rebaixamento, precisam urgentemente encontrar o rumo neste Campeonato Brasileiro, sob risco de patinarem mais tarde, quando for necessária uma reação mais aguda.

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O Coritiba joga em casa, contra o Ceará. O Atlético, fora, contra o Fluminense. E, por mais que os fatores de lógica possam pender maiores facilidades para o lado coxa, nada é como parece. Que o diga o confronto recente entre as duas equipes pela semifinal da Copa do Brasil. Por mais que o goleiro Fernando Henrique tenha brilhado nos dois jogos (e ele está lá para isso mesmo), o Coxa não teve facilidades contra os cearenses, empatando no Nordeste e sofrendo para encontrar naquele gol de Anderson Aquino a passagem para decidir o título da competição.

E se o técnico Marcelo Oli­­veira comemora os retornos de Marcos Aurélio (de ausência muito sentida nas partidas mais recentes) e Leonardo, ainda não será no jogo de hoje que terá todos os titulares à disposição, pelo desfalque anunciado de Rafinha, lesionado. Não seria nenhuma catástrofe na­­que­­la fase impecável da equipe, quando tudo funcionava e o reserva que entrava correspondia. Ocorre que o grupo ainda não se liberou da perda do título nacional de dias atrás e qualquer defecção tem um peso considerável.

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O Coritiba precisa da vitória para firmar o pé, respirar fundo e começar a jogar. Três pontos conquistados nessa noite já garantirão a saída da desconfortável ZR e a escalada de alguns degraus na classificação – a começar por superar o próprio Ceará, pelo saldo de gols. Com o reforço de disputar uma segunda partida consecutiva em casa, contra o Figueirense, na semana que vem.

No Atlético a situação é mais complicada. Como de resto vem ocorrendo desde o início da temporada. Mesmo vencendo hoje não sai da turma do atoleiro. Só que vencer hoje significa passar pelo Fluminense, no Engenhão. Não que seja coisa do outro mundo, o Bahia conseguiu, dias atrás. Acontece que o Atlético ainda não conseguiu ao menos mostrar um mínimo de qualidade que justificasse qualquer projeção mais otimista. E desta feita ainda joga órfão de técnico.

O processo dos rubro-negros é bem mais complicado do que simples desarranjo de peças em campo ou falta de qualidade de mão de obra. Não há como blindar a equipe dos reflexos da intensa disputa política pelo poder no clube. E nessa hora difícil talvez fosse prioritário um entendimento entre as facções, por mais antagônicas e divergentes que sejam entre si. Não seria o momento de um pacto de paz em troca de uma união de esforços e energia positiva a favor da agremiação? E aí, quando chegar o momento da eleição, que cada lado cuide de seus ideais e de suas promessas.