E quem garante não ter sido melhor para o Paraná Clube? Essa troca de técnicos com o Goiás pelo menos vai dar uma boa sacudida no ambiente interno do clube. Afinal de contas, tem muito jogador do grupo mordido pelo desprezo do técnico Ricardo Drubscky, que assim, do nada, decidiu deixar o comando da equipe sem tempo sequer de esquentar o relacionamento interno.
Drubscky tem lá suas qualidades, seus muitos defeitos, mas (impressão minha) não tinha perfil para dirigir a equipe tricolor. Sossegado demais, apaziguador demais para uma turma que precisa de boas sacudidas de vez em quando.
Claudinei Oliveira, pelo que acompanhei de longe, já tem um pouco mais desse jeito de pegar, interagir nas palestras e nos treinamentos e fazer valer sua filosofia de jogo. Por causa disso, alcançou sucesso quando promovido ao time titular do Santos e só não permaneceu por lá devido as imposições do mercado, sempre atrás de figurinhas carimbadas e nem sempre tão eficientes assim.
Chega do Goiás, preterido por Drubscky depois de perder o Campeonato Goiano com um gol aos 48 minutos do segundo tempo. Quer dizer: se aquela bola do Atlético Goianiense não entra, tudo estaria normal, o título seria dos esmeraldinos e Oliveira se manteria firme à frente da equipe. Coisas do passionalismo que permeia entre nossos dirigentes.
O Paraná Clube é um bom desafio para o novo treinador. Que, certamente, sabe quais serão os obstáculos de sempre que ainda surgirão no caminho. Mas ele tem punch e pode dar certo.
Cartolas
Ontem teve eleição na CBF. Eleição é modo de dizer, pois o candidato único, que já era dirigente, foi proclamado novo presidente e será quem frequentará o palanque das autoridades nos principais eventos da Copa do Mundo brasileira.
A eleição de ontem, pelas circunstâncias, poderia ter sido realizada a distância, por carta, e-mail ou teleconferência. Não haveria a necessidade da imensa caravana de dirigentes de clubes e federações em viagem ao Rio de Janeiro, com direito a hospedagem e mordomias em um dos mais concorridos hotéis da Barra da Tijuca.
E não é que nem assim o novo presidente teve unanimidade? Houve dois votos em branco (um deles de nossa federação) e uma ausência, impedindo os números absolutos na contagem (?) final dos votos.
Nosso dirigente esportivo, infelizmente, anda muito pobre de ideias. Ou de ambições, pois não se encontra ninguém capaz de gastar um tempo peitando algumas ações da CBF ou dos comandantes das federações estaduais. Não há oposição, não há debate, não se cria o contraditório, tão saudável para o desenvolvimento e para o crescimento de comunidades organizadas.
E o que se tem é isso, um campeonato prestes a começar e liminares pipocando nas últimas semanas, cada qual querendo garantir uma casquinha do futebol nacional.
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