Tenho ficado muito bem impressionado com as ações e as declarações dos dirigentes do Paraná. Sem qualquer movimento de caça às bruxas, partiram para uma reestruturação interna e de conceitos e, aos poucos, o clube já começa a colher os primeiros bons resultados.
O melhor deles foi a manutenção de boa parte dos jogadores que compunham o grupo do ano passado, quebrando a sequência de desmanches que foi marca do clube em temporadas anteriores. E que resultou, no acúmulo de incompetência administrativa, no vexatório rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Paranaense em 2011.
Não há melhor atestado de boa gestão do que as reações internas de qualquer organização. Parte-se, invariavelmente, de dentro para fora a análise crítica que pode se transformar em boas ou más considerações. E o fato de os principais atletas terem apostado na continuidade do trabalho significa confiança em seus superiores e o sentimento de que as coisas estão funcionando corretamente. Não apenas no momento, mas principalmente para a projeção futura. Ou seja: ficando aqui posso colher bons frutos, melhor do que me aventurar por aí. Até bem pouco tempo o pensamento era o contrário: quanto mais cedo puder me livrar disso aqui, melhor.
Por causa dessa estabilidade praticamente inédita, a torcida já se permite pensar grande. No mínimo com a conquista de um turno, o que levaria à decisão do Estadual. São boas as possibilidades, evidentemente, mais ainda se levando em conta o fato de seus rivais mais fortes, Coritiba e Atlético, estarem poupando seus titulares por algumas (ou várias) rodadas da competição.
E com torcida motivada há a possibilidade de reaproximação entre o clube, o time e seus aficionados. Não isoladamente, em uma ou outra partida, conforme o adversário como ainda reage boa parte do torcedor. Mas no todo, nas coisas do dia a dia, na contribuição permanente para crescimento da receita.
E é nesse ponto que há um choque entre a racionalidade dos dirigentes e a passionalidade da torcida: o preço estipulado para os ingressos nos jogos do clube. Os primeiros querem maior aproximação dos segundos, recebendo-os como associados. Os segundos ainda relutam, ainda movidos pelo instinto de selecionar partidas de acordo com a conveniência, o que agora vai pesar mais no bolso do que a contribuição mensal.
Acordo?
O presidente da Federação Paranaense de Futebol tenta fazer um acordo para levar todos os clássicos para o Alto da Glória. Coritiba e Paraná já teriam acenado para possível concordância. O Atlético disse "sim" ontem. Considero muito difícil, praticamente impossível. Mas se porventura Hélio Cury vier a conseguir, vai ficar marcado para a história do futebol paranaense como o responsável pelo retorno do bom-senso aos nossos cartolas.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião