Haverá um novo astral em torno da Vila Capanema. A partida do Atlético contra o boliviano The Strongest já seria importante por ela só, por representar o início de mais uma escalada rubro-negra na Libertadores. Afinal de contas, é o início da fase de grupos, que levará os dois melhores classificados às eliminatórias, que se afunilarão até a final.
O Atlético já tem boas experiências no torneio continental, do qual foi vice-campeão naquela polêmica final em que não teve o direito de jogar em casa contra o São Paulo. Já foram três participações antes dessa, que oficialmente começa hoje, após o credenciamento da equipe naquela torturante vitória nos pênaltis sobre o Sporting Cristal.
Mas essa estreia de hoje tem um fator extra: Adriano. Não que dele se espere momentos brilhantes, pois, a rigor, nem mesmo ele sabe em que nível técnico se encontra. Tanto é assim que pediu para ficar no banco de reservas, no aguardo de um melhor momento para estrear com a camisa atleticana. Mas que é um peso psicológico em todos os sentidos, isso é.
Para seus companheiros de time e de banco, energia positiva, de quem acredita ter finalmente encontrado o caminho da recuperação. Para a torcida (que certamente clamará por seu nome, pedindo sua entrada em jogo), a esperança de poder contar com um artilheiro que encantou o mundo e que só busca o fio da meada daqueles tempos. Para o adversário, o temor e o respeito por quem fez história no futebol.
Mas, enquanto ele não entra em campo, o time atleticano já apresenta um novo perfil na partida dessa noite. Talvez até forçado pela expulsão de Zezinho, que abriu espaço para a escalação de Fran Mérida, o principal articulador das jogadas no meio de campo. E na frente, onde Marcelo não pode atuar por contusão, uma única (e boa) apresentação de Bruno Mendes no Atletiba parece tê-lo credenciado como titular nesse confronto contra os bolivianos.
Vitória por qualquer placar será importante hoje, para somar pontos. Vitória por boa diferença de gols, mais importante ainda, para somar pontos e saldo. Porque a tabela do grupo reserva dois jogos fora na sequência e toda gordura acumulada na largada será importante para esses embates.
O The Strongest como de resto as demais equipes de altitude aposta nas condições locais desfavoráveis aos visitantes para possível passagem de fase. Não que sejam presas fáceis (o corrido futebol de hoje já não mais permite isso), mas não têm condições técnicas de equivalência em condições normais de pressão e temperatura. E hoje, no caso, ainda mais a partir da entrada de Adriano em campo. Essa é a expectativa. E com uma energia a mais: foi inscrito com a camisa "jogadeira" que tanto sucesso fez com Paulo Baier, a 30.
Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.