Aquele lançamento primoroso do Alex pro Joel deu a assinatura do jogo. O São Paulo bem que tentou impor seu estilo, forçar o ataque nos primeiros minutos, até que saiu na frente, mas não resistiu ao futebol bem amarrado do Coritiba, que chegou à vitória categórica e conseguiu respirar aliviado pela primeira vez desde a quarta rodada desse intrincado Campeonato Brasileiro.
Sim, o Coxa está fora da zona de rebaixamento pela primeira vez desde então. E ontem chegou à vitória jogando com propriedade, impondo o estilo de jogo a um pretendente direto ao título dessa temporada. O técnico Marquinhos Santos, aos poucos, vai conseguindo avaliar o material humano que tem à disposição e, com esses dados, monta um time competitivo, passando a esperança de poder, enfim, se livrar dessa terrível pecha de permanecer entre os últimos do campeonato.
Sinal de novos tempos? Tudo indica.
Em Belo Horizonte o Atlético bem que tentou. Mas tamanha era a diferença técnica entre as duas equipes que não houve jeito de segurar o líder Cruzeiro.
O técnico Claudinei Oliveira apostou numa escalação com três zagueiros (fórmula que o torcedor rubro-negro sempre aprova, por ter sido a do time campeão brasileiro), para, teoricamente, transformar os laterais em alas e largá-los para a frente, em possíveis contra-ataques.
Não funcionou. Primeiro porque o Cruzeiro logo fez um gol, numa bola desviada em Gustavo que matou o goleiro. Depois, porque o melhor time brasileiro adiantou a marcação e não permitiu os espaços que os rubro-negros desejariam. E ainda tem o agravante da falta que faz o articulador de jogadas no meio de campo, desde que Paulo Baier e Elias foram embora.
Oliveira, aos poucos, vai arrumando a defesa, ainda viúva de Manoel. Mas do meio de campo em diante pouca coisa funciona. Certo que a derrota foi para o Cruzeiro, melhor time do campeonato. Que também não se esforçou muito e talvez o tivesse feito caso o adversário exigisse um pouco mais
A seleção
O técnico Carlos "Dunga" Verri convocou ontem a seleção brasileira para seu segundo empreendimento nessa nova fase. Nenhuma grande novidade, exceto pelos dois laterais a serem experimentados pela primeira vez. Como reservas, evidentemente. Dunga não é muito afeito a grandes guinadas e essa lista de agora já oferece como real a base com a qual ele irá trabalhar daqui em diante.
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