Agora embolou tudo. Nos últimos tempos o Campeonato Paranaense nunca esteve tão equilibrado assim. Não só pelo confronto direto entre Atlético e Coritiba, mas pelo azarão – se é que se pode chamar assim – Cianorte, que corre por fora, tentando ficar com a rebarba do confronto direto que vai acontecer na próxima quarta-feira, o Atletiba da Vila Capanema. Não fosse um pênalti perdido, o Cianorte estaria isolado na liderança.

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O Alviverde voltou a encaixar seu jogo e passou lotado pelo Operário, no Alto da Glória. Teve o mérito em chegar aos 2 a 0 antes dos 4 minutos de partida, eliminando de chofre qualquer possibilidade de reabilitação do adversário. A vantagem no placar deu tranquilidade à equipe coxa para administrar o jogo e até deu direito ao técnico Marcelo Oliveira de fazer algumas experiências.

Goleada, segunda colocação conquistada, torcida novamente tranquila, sabendo que o primeiro turno ainda está em aberto, principalmente depois de o Furacão ter escorregado na véspera, contra o Arapongas.

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Em campo, aliás, o Rubro-Negro esteve irreconhecível. Talvez tenha até a ver com a saída precoce de Bruno Mineiro – felizmente não passou de um grande susto –, que desorganizou um ataque que vinha funcionando a contento até então.

Não só pela saída em si, mas pela opção do técnico Juan Carrasco na substituição. Com Marcelo no banco, um suplente automático pelas características de jogo, optou por Marcinho. E aí tudo o que havia sido combinado desmoronou, pois os jogadores ficaram desnorteados com suas novas funções em campo. Tanto que Martín Ligüera sumiu e fez sua partida mais apagada desde que estreou bem com a camisa atleticana.

O time já havia entrado torto em campo, por conta da tola insistência do treinador em escalar o canhoto Bruno Costa na direita. Se as dificuldades de opções lhe forçam o improviso, mais coerente seria contar com ele na zaga – posição de origem –, com Renan Foguinho na direita, posição que já ocupou em emergências anteriores.

E assim o jogo correu, com o domínio real do Arapongas e poucas chances de finalização dos rubro-negros. Na entrevista pós-jogo, Carrasco disse que seu time jogou "pelotas", o correspondente à nossa pelada. Mas, também, pudera, com armação tática que pretendeu fazer valer jamais poderia dar certo. E, por conta disso, lá se foi a invencibilidade na temporada e também a ducha fria a lembrar das ainda muitas deficiências dessa equipe que Carrasco teve, até então, o mérito de saber contornar.

Quarta-feira o clássico vai pegar. Fazia tempo que isso não acontecia.

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