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A cada jogo que passa as coisas ficam mais fáceis para o Atlético. Se nas primeiras rodadas os rubro-negros viviam entre a incerteza e a angústia, por falta de contratações ao time que havia sido rebaixado na temporada nacional, o tempo passando e as vitórias se acumulando permitiram uma mudança de expectativa, um novo enfoque, em relação ao que se poderia esperar para esses primeiros meses do ano.

Em Irati veio a liderança, consolidada ontem, com a goleada sobre o Corinthians, que imaginou poder ter forças para atacar o oponente e se deu mal. Acompanhei à distância, pelos companheiros presentes ao estádio do Barigui, que enfatizaram a forma como Ligüera se encaixou no time (três gols em três meios jogos e mais algumas assistências) e a crescente recuperação de alguns jogadores, especialmente Bruno Furlan, de renegado a titular indiscutível.

E pelo que se percebeu, contará com todos os titulares no Atletiba das cinzas, pois Manoel e Pablo, os pendurados, foram amarelados e cumprirão suspensão contra o Arapongas – o que talvez não refresque muito, pois o Arapongas é sempre jogo duro quando atua em casa.

Mas o que importa mesmo para os atleticanos é poder saborear a ponta do campeonato. Como ontem, quando, depois de garantir o resultado, esperou, de cadeira, o desenrolar do restante da rodada, à noite.

De mão beijada

Como se não bastasse a boa exibição da tarde, a alegria atleticana ainda se estendeu pela noite, com o empate entre Cianorte e Coritiba, em Cia­­norte. Resultado que não interessou a nenhum dos dois litigantes, embora o time da casa tivesse até tocado a bola nos instantes finais para segurar o resultado.

A distância para o primeiro colocado aumenta consideravelmente e agora, a não ser que ocorra um acidente de percurso dos mais sérios, será muito difícil tirar esse turno do Atlético.

Em campo, o Cianorte atacou com tudo nos primeiros instantes, mas sem finalizar. Quando o Coritiba reassumiu o comando da partida, o pecado da finalização e as boas defesas do goleiro Fabrício impediram a movimentação do placar. A não ser no lance isolado de Junior Urso, que até por não ser bem do ramo, não recebeu crédito suficiente dos marcadores e foi chegando na área para fazer o gol.

O empate chegou na cobrança de falta de Felipe Pinto, direta para o gol, sem tocar em ninguém. E o Coxa teve ainda mais uma chance, num pênalti marcado sobre Rafinha que não me pareceu existir. E nos instantes finais, Caio Vinícius ainda pôs uma bola na trave.

Mas a vitória não veio e o terceiro empate consecutivo não conseguiu livrar aquele sabor amargo da garganta dos coxas.

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