Quem me acompanha aqui ou por outros espaços nessas décadas de lida no jornalismo sabe que sempre me alinhei na ala dos otimistas. Principalmente em relação às projeções do futebol paranaense e suas possibilidades futuras.

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Mas, nesse ano, pela primeira vez desde que me lembro, estou aqui tentando cavocar razões para visualizar um 2015 melhor para nossos clubes, para esse nosso nicho de futebol que nunca consegue sair do papel de coadjuvante no grande cenário nacional. Tentando sem êxito, pois há um grande vazio na direção onde se poderia esperar encontrar o futuro. E se já foi difícil em temporadas anteriores, quando um dos nossos ocupou posição de destaque entre os melhores da classificação, agora é que são elas.

O Coritiba vive um momento de alívio após tensão de rebaixável durante praticamente todo o Campeonato Brasileiro, vai se despedir de seu craque no próximo domingo e terá eleições dali alguns dias. Pelo que se pôde sentir, tanto situação quanto oposição sinalizam para jornadas difíceis pela frente. Orçamento contido, sem grandes pretensões. O que pode significar mais um ano de apreensão e sofrimento, até que as coisas se ajeitem no dia a dia – o que só será possível a partir do instante em que for possível aproveitar os jogadores formados no próprio clube, o que, infelizmente, não tem sido tradição na recente história do Coxa.

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No Atlético, o presidente até declarou, dias atrás, sua intenção de investir no futebol para a próxima temporada. Estádio construído, cobertura prestes a ser instalada para permitir shows e eventos para garantir boa receita, o foco seria o fortalecimento do grupo para atingir patamares mais convincentes do que a mera figuração de agora.

Não se pode duvidar dos propósitos do presidente, que costuma cumprir boa parte de suas promessas. Mas os primeiros sintomas não são dos mais animadores, pois, em vez de anúncio de possíveis sondagens para contratações, o que se vê são manifestos de adeus de algumas das principais peças da equipe.

Primeiro Douglas Coutinho, que até se despediu formalmente da torcida no domingo passado, última partida do clube em casa.

Agora vem Marcelo com discurso semelhante nas redes sociais, mais um na contramão das afirmações do dirigente atleticano.

Cruzeiro e Atlético-MG mostraram neste ano que trabalhar com futebol não requer muita prática ou habilidade. Exige, apenas, bom senso e equilíbrio. Razão em vez de paixão, o que se consegue com mais profissionalismo e planejamento, sempre visando ao bem do clube e não apenas a satisfações pessoais, para o bem ou para o mal.

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Já estivemos mais perto desse status, mas nos distanciamos de uns anos para cá. Posso acreditar que o ano que vem será melhor?

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