O Atlético mereceu subir, principalmente depois de entregar o time ao comando de Ricardo Drubscky, doce figura, que consegue levar na conversa a configuração tática de cada partida
Claro, já passou o domingo, a adrenalina já baixou, mas não dá para se desligar desse clássico entre Atlético e Paraná Clube. Não exageram aqueles que elegeram o jogo como o melhor da temporada para o futebol paranaense. Foi arrepiante. Especialmente no segundo tempo, quando os tricolores mostraram força para manter a disputa em alta, mexendo com as emoções dos torcedores e de todos os envolvidos no resultado da partida.
Há dois enfoques que podem ser extraídos desse jogo eletrizante. Começando pelo Paraná, aplaudido com toda razão pela diminuta (eram pouco mais de 200 no espaço para 600) torcida presente ao estádio. Apesar de todas as intempéries (de salários atrasados passando pela estranha troca de comando técnico), os jogadores superaram as dificuldades e foram bater de frente no clássico. Desligados no primeiro tempo, sobreviveram graças ao desempenho do goleiro Luís Carlos, mas na etapa final mandaram na partida, pressionaram o adversário como se estivessem disputando algo mais além da honra de fechar a temporada em alta. E como a honra vale muito, os calafrios na espinha dos atleticanos contaram as emoções finais da partida.
O que se espera dos paranistas é que pelo menos a base seja mantida. E que a engenharia financeira dessa diretoria, que hoje ainda tem de apagar focos de incêndio lá do passado, funcione para não ter de recomeçar mais uma vez do zero a virada do ano.
Ao Atlético, o retorno à divisão principal do futebol brasileiro significa uma retomada de ordem. Não sem sofrimento, pois, se os dirigentes anteriores conseguiram proporcionar o primeiro rebaixamento dos, digamos, "tempos modernos" do futebol brasileiro, os atuais tiveram de correr atrás do tempo perdido, depois de jogar fora pelo menos três meses na intuição de que seria possível o acesso com o pouco disponível. E aí não foi surpresa registrar, na festa da conquista de sábado, cartolas correndo no campo empunhando bandeiras ou dando piruetas nas arquibancadas. Tem o lado bom: perceberam a tempo e corrigiram a rota.
O Atlético mereceu subir, principalmente depois de entregar o time ao comando de Ricardo Drubscky, doce figura, que consegue levar na conversa a configuração tática de cada partida (ainda que tenha dificuldades em mudar a estratégia com bola rolando). Mas subir não é tudo. Depois da festa o alvo se direciona para o ano que vem. E aí será um recomeço para atingir um patamar ainda acima, tanto no time quanto na busca por um estádio para jogar a Primeira Divisão. Mas pelo menos os atleticanos podem respirar fundo, aliviados, pensando no que fazer.
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