Ninguém reclamou do resultado. Também, pudera. Qualquer placar que não fosse o empate não traduziria o que representou o clássico entre Paraná e Coritiba, na Vila Capanema. Talvez pudesse ter desequilibrado aquela bola do Alex no travessão, na conta do talento individual da principal estrela do Coritiba. Mas ficou bom do jeito que ficou, embora o empate tenha impedido a um ou a outro disparar na liderança do Campeonato Estadual.
Mais ainda porque o Londrina se enroscou em casa com o Arapongas, em partida na qual era considerado o favorito absoluto. Numa primeira impressão, é claro, pois é bom lembrar que o Arapongas também se preparou e montou um time interessante, com aspirações acima de uma simples figuração na competição. E tem ainda, a pesar no confronto, a rivalidade pela proximidade entre as duas cidades.
E como a turma de cima empatou, quem se aproveitou para encostar foi o J. Malucelli, com a vitória de ontem, sobre o débil Nacional, que sofre muito atolado nas últimas colocações. Melhor apenas do que o Cianorte, que no sábado manteve a linha de aproveitamento zero e permitiu ao Atlético a primeira vitória na competição.
Mas, voltemos ao clássico. Foi uma partida muito abaixo da expectativa, mais de marcação e pegada do que de jogadas bem trabalhadas. O Paraná ainda ousou na escalação, com a surpresa do anúncio de Nérverton fechando um trio de atacantes, enquanto apenas Zé Luiz fazia a função de volante. Só não funcionou a estratégia do técnico Toninho Cecílio por causa da ineficácia de Paulo Renê como centroavante, mas que foi bem pensada, foi.
De seu lado, Marquinhos Santos também surpreendeu. Para menos. O técnico do Coritiba tirou Djair do time, justo ele que vinha sendo o principal responsável pelas saídas de bola em partidas anteriores. Gil deveria fazer esse papel, mas também reforçar a marcação, quebrando um estilo que até então era defendido pelo treinador. Não fez uma coisa nem outra e o meio de campo coxa não ganhou estrutura para alimentar o ataque. Que teve apenas Robinho se movimentando, com Rafinha apagado e Deivid ainda devendo.
De Alex e Lúcio Flávio, uma estrela de cada lado, se esperava bem mais. Mas os espaços não apareceram, embora Alex ainda tenha brilhado ao buscar aquela bola para atingir o travessão. Paraná e Coritiba foram iguais, portanto. Tão iguais quanto na classificação do campeonato, que dá o primeiro lugar ao Coxa pelo critério disciplinar, na diferença de um cartão vermelho para os tricolores.
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