Exagerando um pouco, são quase 20 anos de diferença entre um atacante e outro. O que não impediu que Reinaldo e Douglas Coutinho dividissem as honras de destaques no clássico de ontem, na Vila Capanema. E cada um deles com sua história, convergindo na escalação para o confronto entre Paraná Clube e Atlético.

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Um clássico, diga-se, acima de qualquer expectativa. Mesmo porque as trapalhadas na manutenção do gramado do estádio preconizavam uma catástrofe em campo. Pelo menos na avaliação da diretoria paranista – que tentou, a todo custo, adiar a partida – e de todos (comissão técnica, jogadores e imprensa) que tiveram a oportunidade de ver de perto os estragos no piso,

Pois até que não foi tão ruim assim. O jogo foi movimentado, bem disputado, com boas oportunidades de gol. A maioria por parte dos tricolores, que ainda pecam na finalização, enquanto os rubro-negros mostraram ótimo índice de aproveitamento, convertendo duas das três chances reais criadas por sua equipe.

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Mas foram os atacantes que chamaram a atenção. O experiente Reinaldo já vinha mostrando serviço nos últimos dias. Fez a assistência para o gol de Ricardo Conceição em Rolândia, marcou contra o Toledo e mostrou-se muito à vontade no clássico. Primeiro, no passe para uma cabeçada de Conceição com bola na trave. E daí pelos dois gols de centroavante, na puxeta e na cabeçada, um lance em cada tempo.

De seu lado, o jovem Douglas Coutinho, que só entrou nesse time alternativo do Atlético por causa de uma lesão de Ricardinho. E desde então foi marcando e marcando. Tem velocidade, bom drible e um arremate muito bom de perna direita. Conforme demonstrou no primeiro gol de ontem, um petardo de fora da área. No segundo, arrancou do próprio campo, tocou, recebeu de volta e finalizou no contrapé do goleiro. Gol de gente grande, de quem tem tudo para ser aproveitado pelo time principal na sequência do calendário.

E assim, por causa dos dois artilheiros, o clássico terminou igual, tirando o Atlético da liderança e atrapalhando ainda mais os planos do Paraná Clube, que se afasta dos ponteiros, embora ainda tenha confronto direto com três deles (J. Malucelli, Londrina e Coritiba, tudo parada dura).

Equilíbrio

Bem disputado o campeonato, tanto na parte de cima quanto lá na rabeira. O Malucelli repete a largada do primeiro turno e vai detonando o que encontra pela frente. É líder, mas resta saber se consegue segurar o ritmo, ao contrário do que ocorreu na etapa anterior. Também o Londrina tem 100% nessa etapa, passando por cima do Nacional (que já caiu e só tem de deixar o tempo correr) e só perdendo a liderança pelo saldo de gols. O Atlético se afastou um pouco, mas está aceso, enquanto Coritiba e Paraná Clube correm atrás.

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Para fugir da queda, quatro correndo juntos: Cianorte, Paranavaí, Toledo e Rio Branco. Desses aí sai o parceiro do Nacional no rebaixamento.