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Com sobras, o Coritiba voltou à liderança do Cam­­peonato Paranaense. Repetindo o mesmo esquema de jogo que detonou o Iraty no meio de semana, o Coxa passeou em Paranaguá, chegando à expressiva marca de nove gols marcados somente nas duas últimas partidas

E é nessas horas que se deve enaltecer a ação do treinador – justamente nosso alvo favorito quando as coisas não funcionam bem. O leitor deve se lembrar que, na semana passada, no empate com o Arapongas, escrevi aqui que os treinadores rivais haviam descoberto o antídoto para as bem armadas jogadas alviverdes.

Astuto, Marcelo Oliveira percebeu, é claro. E já no meio de semana trocou um dos zagueiros por um meia, reordenando as coisas, no que chamou de funções flutuantes de Rafinha, Marcos Aurélio e Davi. Sem posições fixas, todos girando pelos cantos do campo. E aí, haja adversário para conseguir marcar.

O Iraty não conseguiu e entrou na roda. O Rio Branco, de nível técnico inferior, não teria como resistir. Nem mesmo quando empatou a partida, ainda no primeiro tempo, passou a impressão de poder manter o placar.

E, se na semana passada poderia haver argumentos pondo em dúvida a superioridade coxa nesse início de campeonato, as duas goleadas consecutivas puseram ordem na casa. Com mão-de-obra qualificada e jogadores que oferecem tantas variações de jogadas sem qualquer mudança de nível técnico, é de se dizer que o retorno do Coritiba à liderança foi apenas uma contingência natural a quem se preparou para ser o melhor time deste primeiro turno.

Baier, a diferença

Quem jogava na Baixada? Era clássico? Havia equilíbrio, rivalidade em jogo? Que nada, havia Paulo Baier fazendo a diferença. O veterano capitão ainda é daqueles que podem decidir um jogo ao seu bel prazer. E ontem ele estava mesmo a fim de desequilibrar. Quando o pessoal do Paraná Clube percebeu, já levava três gols e não tinha mais forças para ousar sonhar com qualquer possibilidade de reação.

O favoritismo do Atlético era expressivo antes do início da partida e tornou-se inquebrável a partir dali, quando o psicológico também trabalhava contra o Paraná Clube, que já foi para o clássico tenso pela má campanha sem vitória na temporada.

O que não entendi foi a escalação de Claiton. Quando o técnico Sérgio Soares pediu para escalar o volante, a diretoria não permitiu, alegando estar fora dos planos. E Soares teve de se virar sem ele, que ontem, como se fosse do nada, entrou em campo como titular, jogou (como sempre) para a torcida e até deu chapéu.

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