Para o futebol paranaense, foi na medida. Tirando os absurdos proporcionados pelos trogloditas presentes na arquibancada da Arena Joinville, um domingo exatamente como o planejado para o melhor que se poderia oferecer: vitórias de Atlético e Coritiba, um na Libertadores e outro garantindo permanência na Primeira Divisão do futebol brasileiro.
Duas vitórias sem qualquer contestação. A do Coritiba, tranquila, serena, de um time que entrou em campo disposto a fazer o resultado para não levar sustos, dependendo de terceiros. Dependia apenas de si mesmo e fazer valer a prerrogativa, com gol de Luccas Claro no primeiro tempo, permitindo tempo de administração do resultado. E o que mais pesou foi o fato de a equipe não ter recuado, o que poderia ter sido natural para garantir o resultado. Pelo contrário: manteve a partida equilibrada e sob controle, garantindo o placar que interessava.
Em Joinville, o Atlético passou lotado pelo Vasco da Gama, derrubando os cariocas para a Segunda Divisão. Com goleada, para deixar bem claro seu credenciamento a uma das vagas oferecidas para a Libertadores. O Atlético de ontem voltou a ser aquele que tão bem chegou às finais da Copa do Brasil e à ponta da classificação do Campeonato Brasileiro.
E alguns jogadores que pouco apareceram na decisão contra o Flamengo voltaram a brilhar, devolvendo a rapidez e a objetividade ao time. Paulo Baier, por exemplo, que, apagado nas finais, voltou a ter participação decisiva na construção do resultado, participando diretamente dos três primeiros gols atleticanos.
Dali em diante ficou fácil, com o Vasco se abrindo para avançar e oferecendo brechas para o contra-ataque mortal dos rubro-negros. Assim, categoricamente, o Atlético se inscreve novamente no torneio continental. Disputa a pré-Libertadores.
Tristeza
O futebol brasileiro se prepara para receber uma Copa do Mundo, com toda a pompa que a competição mais importante do futebol consagra. E, a cada semana, dá demonstração de selvageria que contrasta com tudo o que o esporte prega.
O que se viu ontem na arquibancada da Arena Joinville passa de qualquer limite de simples briga de torcedores. Foi uma guerra de gangues, como aquelas tão comuns entre marginais nas divisões do tráfico. E, como em tantas outras, incitada por provocações que as redes sociais certamente espalharam por aí.
O mais triste é que, mais uma vez, nada de mais pesado vai acontecer com os brigões. Que, invariavelmente, são os mesmos de outros conflitos registrados recentemente. Ninguém é preso, ninguém é punido e tudo continua como se nada tivesse acontecido.
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