O que nos resta – até prova em contrário – é o campeonato estadual. Chance de volta olímpica e de conquista de vaga em competições nacionais

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Mais uma semana e a temporada começa em ritmo alucinado. Domingo, quarta, domingo e lá vamos nós até meados de maio, curtindo o Campeonato Paranaense. Que encontra resistência e barreiras em todos os segmentos, de cartolas a torcedores, passando pela imprensa, mas que é, a rigor, a única chance real que temos de comemorar algum título.

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Tempos atrás até pensava diferente, seguindo o embalo de algumas de nossas conquistas. Principalmente a partir da virada para o ano 2000, quando começamos a nos acostumar com presença constante na Libertadores, com Atlético, Coritiba e Paraná. Mas como não conseguimos nos livrar da inconstância, de uns tempos para cá nosso principal tema nacional passou a ser a fuga do rebaixamento – nem sempre bem sucedida, pois nossos três representantes amargaram quedas. Comemoração mesmo só com o acesso à Primeira Divisão. Muito pouco, cá entre nós, para quem imaginava um dia poder dividir o mesmo patamar dentre os clubes de ponta do futebol brasileiro.

Sendo assim, o que nos resta – até prova em contrário – é o campeonato estadual. Chance de volta olímpica, de conquista de vaga em competições nacionais, seja qual for o parâmetro estabelecido para a curta temporada. E cada clube, especificamente, tem traçado seu próprio objetivo. O Coritiba constituiu como prioridade o tetracampeonato. Seria o segundo da história, depois daquele de 1974, o melhor time coxa que já vi jogar. Para tanto, deixa a gurizada jogando duas ou três rodadas e logo põe as feras em campo. Quanto menos risco correr, melhor.

Estabilizado, finalmente começando uma temporada com base e continuidade de trabalho, também o Paraná sonha alto. E acredita. O time é bom e desperta no torcedor, depois de um bom tempo, ambições maiores que a de simplesmente participar ou chegar ao cúmulo de permitir o rebaixamento na competição doméstica.

O Atlético também tem material humano para fazer bom papel. Desde que utilize seus principais jogadores, o que seus dirigentes insistem em desdizer. Se disputar apenas com os "alternativos", vai somente participar e poucas ferramentas terá de chegar na ponta. A diretoria desdenha o campeonato e garante não dar importância. A questão é saber se a torcida pensa o mesmo e não vai pressionar após alguns tropeços que comprometam melhores colocações.

Mas há outras aspirações que merecem atenção. Vaga em calendário nacional, por exemplo. Que o Cianorte esteve por um triz de consolidar no ano passado. E que, também por isso, vem forte para replicar na nova temporada. Ambições que também dão o norte a Londrina, Operário e J. Malucelli, do que se sabe assim, à primeira vista. Ingredientes, portanto, que podem preconizar uma competição interessante. Pelo menos é o que temos ao nosso alcance.

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