• Carregando...

Geninho saiu cuspindo marimbondos. O técnico da Portuguesa, naturalmente tão polido, ontem extrapolou ao deixar o gramado derrotado pelo Coritiba. Tentou desmerecer o resultado e ainda preconizou futuro sombrio para o adversário que acabara de subjugá-lo.

Não entendi, sinceramente. O Coritiba pode ainda estar longe daquele time consistente da temporada passada, mas a vitória de ontem foi incontestável e ainda poderia ter tido placar maior, não fossem os seguidos erros do assistente ao interromper pelo menos três ataques legítimos do Coxa para marcar impedimentos inexistentes.

O triunfo dá um gás para o que ainda vem pela frente – o Flamengo no sábado, mas principalmente o São Paulo, pela semifinal da Copa do Brasil –, passando a impressão de estar a equipe começando a reencontrar seu bom jeito de jogar. Principalmente a partir da afirmação de Sérgio Manoel, mais uma vez com importante função em campo. Ainda que os estilos sejam distintos, ele executa hoje o que Léo Gago fez tão bem na temporada passada, permitindo maior qualidade na saída de bola.

E assim, com o jogo mais veloz, o time não tem sentido falta do atacante fixo, aquele que prende os zagueiros na área e tenta resolver as coisas por lá. Everton Costa tem sido o escolhido para a função sem a obrigação de trombar ou se perder lá dentro. Com a mobilidade que tem, faz mais que isso: combate a saída de bola contrária e circula por todo o ataque, permitindo o revezamento das peças, confundindo os marcadores.

Foi assim no segundo gol de ontem, de pé em pé, toques rápidos e curtos até a conclusão do próprio Everton Costa, dando uma clara pista do que poderá vir a ser o Coritiba dos próximos dias. Sem centroavante, sem atacante de referência, mas com um constante revezamento entre seus homens de frente. Pode funcionar.

Sinal de alerta

Para outros maus resultados havia a justificativa: jogamos bem, demos azar, finalizamos pouco... Coisas assim. A derrota em Goiás não se enquadrou em nenhuma hipótese dessas. O Paraná Clube jogou mal e não deixou, em momento algum da partida, a sensação de poder chegar a qualquer outro resultado que não aquele.

Estranho que coincide justamente com a entrada no time de jogadores mais experientes. Aqueles que, teoricamente, permitiriam o equilíbrio emocional da equipe para suportar jornadas mais difíceis. Pelo que se está vendo, são justamente os veteranos os pontos frágeis que vêm sendo explorados pelos adversários.

Que o Paraná Clube não iria lutar pela ponta de cima da classificação já estava projetado, tamanhas foram as dificuldades na montagem da equipe. Mas 2 pontos ganhos em 12 disputados é muito pouco até mesmo para amparar as previsões mais pessimistas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]