Nada como o sabor da liderança para a torcida do Coritiba aproveitar os próximos dias. O gol de Deivid, nos primeiros segundos da partida, tirou a concentração e tudo o que havia sido combinado pelo Náutico, permitindo que os donos da casa mandassem na partida durante todo o tempo e não corressem perigos em sua grande área. Tanto que as melhores situações de gol dos pernambucanos, raras, nasceram de bolas perdidas pelos coxas em tentativas de contra-ataque ou de saída de jogo. Nada que merecesse maior atenção ou cuidado.

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Não foi uma vitória espetacular, é bom que se diga. Mesmo porque o Náutico também não quis se comprometer e decidiu ficar atrás, mesmo precisando fazer o resultado. Ainda que perdendo, era quem se oferecia para jogar no erro do adversário, imaginando que a torcida poderia empurrar o Coritiba ao ataque sem qualquer ordem. E aí veio o comando do técnico (e de Alex, dentro de campo), organizando as jogadas e priorizando o toque de bola, por mais que da arquibancada viessem os pedidos de lançamentos, chutes ou ataques. Era o retrato de um time consciente, sabendo exatamente o que teria de fazer em campo.

O Coxa não joga mais até o término da Copa das Confederações. Mas corre o risco de perder a liderança na quarta-feira que vem, caso o Fluminense vença a Portuguesa, em jogo atrasado da segunda rodada. O torcedor alviverde tem, então, motivos para ser Lusa desde pequenino no meio de semana. Agora é só aguardar o retorno da bola rolando. Com time reforçado, pelo que se indica, pois Emerson e Keirrison já têm todas as boas chances de novamente serem aproveitados.

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Transmitindo o jogo do Coritiba, acompanhei somente os gols da derrota do Atlético na Bahia. Nada posso dizer, a não ser lembrar que o ataque continua funcionando, mas a sina de levar gols também. Quando leva mais que faz, dá em derrota como essa de ontem.

A seleção

Será que o Felipão quis garantir o resultado, como se o amistoso de ontem valesse pontos? Foi a impressão que deixou ao trocar Oscar por Fernando. Um, meia-atacante. Outro, volante. A alegação foi uma contusão de Oscar, mas há outros jogadores disponíveis que poderiam fazer papel semelhante – e o paranaense Jadson seria um deles.

Mas, seja como for, o amistoso de ontem serviu para o ajuste de algumas peças que ainda não se encaixam como deveriam nesse novo esquema tático que vive a seleção brasileira desde que Luiz Felipe Scolari substituiu Mano Menezes. Melhor que o placar ajudou e o resultado folgado dá até uma falsa impressão de superioridade brasileira em nível que jamais houve em campo. Mas pelo menos permite que os trabalhos de preparação para a estreia na Copa das Confederações – sábado que vem, contra o Japão – encontrem uma semana tranquila e sem sobressaltos.

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