Já que não foi o Paulo Roberto, que seja o Paulo Silas. Não era, certamente, o nome de preferência do torcedor atleticano, mas foi o que o mercado ofereceu. Com a falta do acerto final com Falcão, o Atlético teve mesmo de se contentar com o prêmio de consolação, atendendo às tantas ofertas dos empresários, agentes, procuradores e amigos do treinador.
Talvez tenha pesado o fato de Silas um dia ter vestido a camisa rubro-negra nos momentos finais de sua carreira. Talvez se deva à falta de oferta do mercado, que só tinha disponíveis, a rigor, ele e Paulo César Gusmão. Com alguma possível variação (internacional?) que impediu a confirmação oficial do novo nome ainda ontem, em Paranavaí.
A ser confirmado hoje, Silas já chega com estreia marcada para o Atletiba do próximo domingo. O que não deixa de ser uma temeridade, pois o maior clássico paranaense não é dos jogos mais confortáveis para o primeiro dia de trabalho de um técnico. Mesmo com uma semana de atividade pela frente, se ganhar o jogo pouco se dará de crédito ao novo profissional. Se perder, pode ficar com a pecha antes mesmo de tê-la merecido. Mais interessante talvez fosse aguardar a semana, procurar melhor, até ter a certeza de que não haveria mesmo outra opção, mantendo a interinidade (bem-sucedida, 100% efetiva) de Leandro Niehues por mais uns dias.
Mas não será assim e Paulo Silas já terá de montar o time à sua feição para o confronto com o maior rival. Com boas perspectivas, pelo que se viu nas exibições mais recentes do Atlético. Nem tanto na de ontem, apesar da vitória. Aliás, todos nós saímos de Paranavaí convictos de o resultado ter sido obtido de maneira puramente circunstancial. O ACP atacou muito e perdeu chances. O Atlético pouco chegou e quando o fez garantiu.
A revanche de Nieto
Em entrevista para o repórter Robson De Lazzari, da RPC, após a partida de ontem, o atacante Nieto disse que saberia que um dia chegaria a revanche. O que para nós, em bom português, significa "a volta por cima".
Nas duas últimas partidas, pelo menos, quando o argentino em nada lembrou aquele dispersivo e atabalhoado avante da temporada passada. Contra o Cianorte fez um gol, deu o passe para outro e sofreu um pênalti. Ontem, teve participação direta nos três gols rubro-negros. No primeiro, fez o corta-luz para Claiton finalizar. No segundo, sofreu o pênalti, que Paulo Baier converteu. No terceiro, aproveitou o segundo rebote do chute de Baier que Fransérgio não havia conseguido aproveitar.
Será que o Atlético ganhou um novo atacante entre os velhos conhecidos do dia a dia?