Será que só eu vejo assim? Que insisto em manter um otimismo incorrigível? É que ouço os programas de rádio, leio jornais, vejo alguma coisa na tevê e de uma forma geral a imprensa paranaense está muito pé atrás com as possibilidades de nossos times no Campeonato Brasileiro. Vão lutar para não cair – é o mote principal.

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Na última reunião da Mesa Real (uma confraria que reúne alguns dos mais antigos da imprensa esportiva) senti no ar um clima de rebaixamento. Fiquei até incomodado, pois ali o destino de nossos clubes parecia estar definitivamente traçado. E era o pior possível.

Não consigo enxergar assim. Ainda mais com essa semana livre de jogos aqui e com tempo para acompanhar algumas partidas lá fora, de alguns de nossos adversários diretos na competição nacional que se aproxima. Não é tão grande assim a diferença do que temos aqui para o que se apresenta em outros estados.

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Há raras exceções, que podem canalizar a disputa pelo título e pelas vagas na Libertadores, claro. Atlético-MG, de pronto. (Aqui me permito abrir parênteses: torci muito pelo Cuca, por ser curitibano, por ser gente fina, ético e competente e por merecer há muito uma conquista dessas. É gente nossa brilhando lá fora e como paranaense muito me orgulho disso – além dele, Carlinhos Neves, saxofonista das antigas, outra cria daqui e profissional de primeira linha). E mais: Fluminense, Corinthians, Santos (se Neymar ficar e quiser/puder jogar o que sabe), Internacional e até o Grêmio, se conseguir se recuperar do baque da Libertadores.

Dá para sonhar com a metade de cima da classificação, sim senhor. Impossível imaginar que o Coritiba vai jogar tão mal quanto dizem ter se apresentado em Manaus, no meio de semana. É daquelas de 1 em 100, algo assim. E ainda tem uma boa turma de reforços voltando de lesões (Emerson, Botinelli, Keirrison, Everton Costa...) assim que o campeonato engrenar.

Impossível imaginar baixa produção de um time do Atlético que manteve a base do ano passado e trouxe alguns reforços pontuais interessantes, que já começaram a apresentar resultados nas parcas partidas nas quais se apresentaram. Essa goleada lá no Nordeste é marcante, pois em anos anteriores o mesmo Atlético se enroscou em adversários bem mais fracos do que esse América-RN, historicamente uma pedrinha na chuteira dos rubro-negros. Fazer 6 a 2 no campo do adversário é bom indicativo.

E o Paraná, na Segunda Divisão, tem de projetar para já sua ascensão. Aposta em um técnico jovem e de bom currículo, traz jogadores para buscar a qualidade técnica que faltou ao time do Estadual e, se der liga, pode cantar mais alto na temporada.

Boas chances com os três, pois não tenho essa incorrigível mania de sempre achar que os melhores estão lá fora.

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