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Encheu-se de brios o técnico do Coritiba. Não bastasse a conquista do Campeonato Paranaense (sim, era quase uma obrigação, mas teria de ser conquistado em campo e não em palavras), Marquinhos Santos ouviu o técnico da seleção brasileira declarar ter sido seu esquema tático um dos espelhos para a convocação do grupo que vai disputar a Copa das Confederações.

Foi na entrevista coletiva de apresentação dos jogadores convocados. Em rede nacional. Não poderia haver visibilidade maior ao trabalho do jovem treinador coritibano, que, mesmo campeão, continua sendo contestado por parte da imprensa e principalmente no próprio seio do clube.

Marquinhos é um profissional competente – já tive a oportunidade de escrever aqui. E muito estudioso. Soube que passa horas e horas acompanhando vídeos de seus futuros adversários e alguns de seu próprio time, para tentar corrigir falhas porventura apresentadas. Mas ainda tem pontos a serem corrigidos, o que a experiência à beira do campo vai lhe apresentar a cada nova circunstância.

O sistema tático que encantou Luiz Felipe Scolari é realmente bem interessante. Volantes segurando as pontas na intermediária, mas se apresentando e saindo pro jogo. Dois meias abertos e Alex flutuando à frente, cada um deles com liberdade para se aproximar da grande área e dividir as funções de finalização com Deivid, que faz um pivô (e o fez muito bem no Atletiba final, só para lembrar o exemplo mais recente).

Se houve percalços na campanha do título foi por causa da falta de peças de reposição. A começar pelo substituto do próprio Deivid, pois não há ninguém mais com o mesmo feeling para exercer a função. Talvez isso possa vir com Keirrison, lá na frente, mas ainda há uma brecha enquanto começa o Campeonato Brasileiro. Alex também não tem um reserva que possa resolver as coisas na sua ausência. Tentou-se com Lincoln, mas, pelo que me recordo, só funcionou na vitória sobre o Malucelli, com ótima atuação do experiente meia.

Elogiado por Felipão, o Coritiba tem hoje boa estrutura para começar a disputar a competição nacional. Mas vai precisar qualificar melhor seu grupo se pretender passar por algo mais que não seja mera figuração. Além das carências já citadas, há necessidade de laterais e de um zagueiro – até que Emerson possa novamente se firmar após longa recuperação de contusão.

Os times estão chegando muito fortes para esta temporada. Corinthians, Fluminense, Internacional, Grêmio e principalmente o Atlético Mineiro, justamente o primeiro adversário coxa, na largada do campeonato. E aí já será a primeira prova de fogo para a configuração tática elogiada pelo treinador da seleção.

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