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Àquela altura do segundo tempo todo mundo já conversava sobre o assunto. O time alternativo, o clone, está bem mais solto que os titulares do Atlético na temporada. Perfeitamente compreensível e natural, pois já era de se esperar juntas enferrujadas de quem só treinou e treinou, com pouquíssimas chances de competitividade em partidas, o que realmente dá ritmo de jogo a qualquer time.

Mas a diretoria do clube quis assim... fazer o quê?

Aí, quando a situação complicou, o treinador buscou a mesma solução que vem resolvendo os problemas há pelo menos três anos: Paulo Baier. Entrou, dali a pouco fez o gol, descontraiu a equipe e a vitória chegou sem sobressaltos, ratificando o resultado positivo da primeira partida, em Pelotas.

O Atlético está classificado para o segundo degrau da Copa do Brasil. Já estava quase, mas demorou para destravar e confirmar.

A força do clássico

Alex foi poupado. Está sendo resguardado para o Atletiba de domingo e certamente sofreria um desgaste considerável se tivesse sido incluído na delegação coxa que viajou para o Nordeste. Não que o Coritiba menospreze o adversário dessa noite, imagino isso. Mas, na real, comparando as duas equipes, dá para se dizer que a ausência de seu melhor jogador talvez não tenha um peso tão sensível assim. Mesmo porque existe a importância em apostar no melhor para o confronto contra o Atlético – ainda que sejam os clones do time titular, mas sempre Atlético, na força da mística que o clássico constrói em seus tantos anos –, o passo decisivo do Estadual.

A situação do Coxa no Paranaense é estranha, pois, pensando friamente, seria mais interessante pegar o Atlético nas finais do que pegar o Londrina. Primeiro, por não se tratar do time titular dos rubro-negros (e nem mesmo na decisão o seria, pela fobia declarada de seu presidente à competição). Segundo, por poder contar com os resultados iguais e a segunda partida em casa.

Contra o Londrina seria o contrário. A não ser que haja um acidente de percurso do Tubarão contra o J. Malucelli (improvável), a situação de embate seria desfavorável aos tricampeões paranaenses na disputa dos dois jogos decisivos. Mesmo que terminem empatados em número de pontos, uma vitória a mais garantiria os londrinenses. Mas, ainda assim, será esse o caminho a ser seguido. O Atletiba de domingo terá a maior importância, simplesmente por se tratar de um Atletiba, o maior clássico do futebol paranaense, cujos resultados são guardados em ranking com força extra em casos positivos ou negativos.

Para hoje, por mais que a ausência do capitão possa ser sentida, creio na possibilidade de o Coxa construir o placar de classificação, extinguindo o jogo de volta. E mesmo que isso não ocorra, há forças suficientes para trazer a decisão ao Alto da Glória em condições favoráveis.

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