Vencer seria obrigação. Afinal de contas o Vitória estava naquela muvuca lá de baixo, patinando para tentar se livrar da última colocação. Mas o Atlético fez um pouco mais. Ou bem mais, conforme a interpretação passional que se possa dar ao jogo.
O ponto principal de vitória de ontem foi a estabilização da defesa atleticana, que vinha levando alguns gols defensáveis. Pois nessa partida a situação parece ter se resolvido. E não apenas pela estreia do zagueiro Gustavo, de quem já se esperava liderança e colocação ali pelas redondezas da grande área. O que mais mexeu com a segurança foi a troca de Natanael por Willian Rocha e aí pode parecer até incongruência, pois algumas das principais jogadas de ataque vinham justamente por ali. Mas Natanael era quase um ponta, sem cobertura adequada quando seguia para o ataque. Com a mudança o setor se firmou e ontem, a rigor, o Vitória só teve uma chance quando o goleiro Weverton escorregou numa saída de bola.
Como havia queimado a gordura em partidas anteriores, a vitória de ontem significou apenas o ganho de uma posição na classificação, ainda na segunda página da tabela. Foi uma vitória para acalmar os espíritos, pois no meio de semana vem pedreira, simplesmente o líder Cruzeiro, em Belo Horizonte.
Volta por cima
Ainda é muito cedo para cravar, mas a vitória de sábado, do Paraná sobre o Santa Cruz, passou uma impressão altamente positiva. Não que a equipe tenha se transformado radicalmente com apenas um treino comandado pelo técnico Ricardinho, nem haveria como. Mas parece ter readquirido aquela segurança exibida nos melhores momentos sob a direção de Claudinei Oliveira, rodadas atrás.
A partida foi muito boa, com os pernambucanos abertos, dispostos a arrancar o resultado na Vila Capanema. Tanto que estiveram por duas vezes na frente do placar, forçando os paranistas a correrem atrás. E aí veio o diferencial, que talvez já tenha a influência do novo treinador: a paciência. Mesmo com desvantagem no marcador, em nenhum momento o time foi afoito, apostando na possibilidade de reverter a vantagem adversária enquanto o tempo de jogo estivesse correndo.
E se Ricardinho não teve tempo suficiente de preparar a equipe à sua feição, não se pode dizer que não influiu na virada. Pôs Júlio César em campo e ele foi à linha de fundo para gerar o gol de empate. Fez Jean entrar e o volante se soltou com bola dominada para marcar um golaço de fora da área, fechando a vitória.
Já não vive mais a neura da ameaça dos últimos colocados, abriu seis pontos. E se amanhã, novamente em casa, mantiver o mesmo foco contra o Ceará, pode até se imaginar entre os dez primeiros da classificação. E respirar aliviado.
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