Nada que não fosse esperado. Mesmo distante do que se poderia imaginar do Coritiba para o início da temporada, o time fez ontem o suficiente para vencer em Toledo e largar com três pontos a jornada em busca do tricampeonato. Como o próprio técnico Marcelo Oliveira já antecipava em todas as entrevistas antes da partida, importante seria vencer.

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O primeiro gol marcado logo a dois minutos facilitou em muito o trabalho. Desmontou o adversário, que teve de se soltar sem muito equilíbrio, proporcionando a vantagem de marcação e cobertura ao Coxa, que passa por fase de transição e ainda não ganhou – como era de se esperar – o ritmo de jogo necessário para começar o jogo. Só em campo o fará, ainda com mais duas ou três partidas.

Mas, ainda que com defeitos, mostrou potencial pa­­ra manter o mesmo nível técnico do ano passado. Desde que ajustes ocorram em alguns pontos que não se resolveram bem. A saída de bola, por exemplo. Willian e Junior Urso marcam muito bem (Urso, aliás, é impressionante, pela noção de antecipação do espaço de bola e o senso de recuperação que possui e que o torcedor do Paraná Clube já conhecia), mas dali não sai o mesmo passe qualificado que Leandro Donizete e Léo Gago ofereciam. Como os meias ainda não se acertaram, o que se viu em boa parte do jogo foi Marcel perdido lá na frente, isolado entre os zagueiros adversários, sem qualquer chance de participar do jogo.

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Nada que não se resolva, acredito. Quando as coisas estão bem, qualquer conserto é detalhe. E tudo se encaminha. Ontem mesmo, na hora em que o Toledo tentou fazer esperada pressão de fim de jogo, surgiu o segundo gol do Coritiba. E mais uma vitória garantida.

Belo estádio

Justiça seja feita: o estádio em Toledo está um brinco. Gramado perfeito, instalações cuidadosamente recuperadas e pintadas, cabines de transmissão impecáveis e tudo o que poderia causar a boa impressão que todos que, além de nós, estiveram presentes à partida de ontem.

Para completar, o pessoal do Coritiba também elogiou muito o vestiário. A primeira amostra do campeonato paranaense do interior não poderia ter sido melhor. Tomara que venham pela frente outras agradáveis revelações como essa de ontem.

O artilheiro

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Interessante que na véspera conversávamos sobre o ataque do Atlético e Bruno Mineiro entrou no assunto. Gosto dele e sempre achei um avante competente e perigoso – desde que haja jogadas para sua conclusão. Criticado pela torcida (que àquela altura já não tinha paciência com ninguém) foi embora, fazer gols lá no Recife. Agora está de volta e ontem decidiu a partida em Ponta Grossa, tranquilizando as coisas quando a vitória apertada ainda oferecia esperanças ao Londrina.

O Atlético tem algumas soluções em casa. Basta saber recuperá-las.