Não que a derrota fosse planejada. Mas o Atlético sabia que poderia queimar gordura em Criciúma e aproveitou para limpar cartões de três titulares e poupar outros três. Mesmo assim endureceu as coisas e quase veio com resultado melhor. Paulo Baier finalmente marcou seu centésimo gol, justamente no contraponto do primeiro, que foi pelo Criciúma contra o Atlético. Pena para ele que foi numa derrota.
No Alto da Glória houve um pênalti claro para o Coritiba que o árbitro ignorou. Talvez surgisse o gol de empate, mas, a rigor, até ali e depois disso, nada havia de mais positivo no ataque coxa. Nova derrota e ainda a preocupação com o risco de rebaixamento.
O que houve?
Alguém, um dia, vai explicar o que aconteceu. De classificação tida como certa, de acesso plenamente encaminhado, o Paraná Clube conseguiu despencar de tal forma no campeonato da segunda divisão que agora só pode mesmo se agarrar em projeções milagrosas para alcançar seu retorno à Série A.
E, ao contrário de anos anteriores, vinha tudo tão bem, sem riscos aparentes, durante a irretocável campanha do primeiro turno. Sim, porque em temporadas passadas também o time largou bem na classificação e até hoje está na memória dos tricolores, por exemplo, a campanha de 2010, quando aportou no intervalo obrigatório da Copa do Mundo na primeira colocação. E depois, quando as atenções se voltaram novamente à competição nacional, só fez despencar, por falta de lastro financeiro a suportar a folha de pagamento e outros consequentes quesitos internos.
Em anos anteriores a equipe foi pegando no tranco, dependendo do bom humor dos empresários, que punham e tiraram jogadores do grupo ao bel-prazer, como se estivessem lidando com um jogo de tabuleiro. O desmanche foi se repetindo e, com ele, a queda de rendimento fatal para maiores pretensões de acesso.
Neste ano foi diferente. Depois da humilhante passagem pela segunda divisão estadual, a nova diretoria conseguiu estabelecer um planejamento mínimo e, com contratações pontuais, inclusive a do treinador, encontrou o que parecia ser o rumo de sucesso na disputa por uma das quatro vagas de redenção. Havia um time titular, havia um grupo de reservas de bom nível e havia clima para tal.
Mas aí veio essa estranha interferência. Que pode ter sido financeira (os salários voltaram a atrasar, mas parecia ter sido questão resolvida), de relacionamento ou de estrutura, ninguém sabe. O fato foi que a mesma equipe que passava por cima dos adversários em casa e fazia alguns pontos fora perdeu todo o rendimento e o treinador, na ânsia de tentar evitar o naufrágio, foi trocando peças continuamente, tirando de vez a estabilidade tática até então apresentada. Foi uma pena. Ao contrário dos anos passados, dessa vez o Paraná Clube merecia melhor sorte. Mas alguém, certamente, um dia vai explicar o que aconteceu.
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