O que se viu em campo foi um time encorpado, coeso, compactado em sua linha defensiva sem a bola e se abrindo rapidamente ao ataque com ela
Aprendemos a jogar fora de casa", explicou o lateral Maranhão na saída para o intervalo do jogo entre São Caetano e Atlético. Naquela altura, o Rubro-Negro já vencia por 2 a 0 e havia comandado as ações, a partir do gol marcado já no sexto minuto de bola rolando.
O que se viu em campo foi um time encorpado, coeso, compactado em sua linha defensiva sem a bola e se abrindo rapidamente ao ataque com ela. Resultado de muito treinamento, evidentemente, com todos os créditos para o técnico Ricardo Drubscky, que tinha razão ao pedir o mesmo tempo que seria dado a outros profissionais mais canchados (Toninho Cerezzo e Jorginho, os cogitados da ocasião) quando de sua contratação.
O primeiro gol foi um exemplo claro de trabalho de grupo. Desarme lá atrás, bola trabalhada no meio, lançada para a ponta, cruzamento perfeito na cabeça do centroavante e a primeira festa rubro-negra no palco do título de 2001. No segundo, cobrança de falta para o centroavante, a ajeitada de cabeça e o gol do outro atacante.
Sim, o Atlético já mostrava, naquele intervalo de partida não ter sido de graça o triunfo em Salvador, contra o Vitória, outro dos ponteiros do campeonato. Até mesmo no início do segundo tempo, quando o São Caetano se atirou ao ataque e algumas peças começaram a apresentar sinais de desgaste, o time suportou a pressão.
O sinal de alerta já estava ligado, clamando por alterações, sangue novo, mais energia ao time em campo. Drubscky, talvez entre o distraído e o empolgado, demorou para mexer e só o fez ao levar um gol que poderia mexer com o adversário. Poderia, mas não mexeu, pois quando a empolgação da torcida da casa aumentou, antevendo possibilidade de empate, Paulo Baier entrou em campo e ajeitou as coisas. Na assistência ao artilheiro Marcelo veio o terceiro gol, que início à retirada dos aficionados locais e a consolidação do importante resultado, que praticamente garante o Atlético de volta à Primeira Divisão nacional.
A dúvida que resta daqui em diante será apenas em relação à posição de classificação, pois a tendência é subir ainda mais.
Garantido
Por mim, o Coritiba não sofria mais riscos. Vive boa fase e certamente ainda fará mais pontos nas partidas que ainda restam. Mas os matemáticos agora garantem que não tem mais problemas e que os 45 pontos asseguram a permanência na série principal do futebol brasileiro. Melhor ainda: com o resultado de ontem, volta a integrar a turma da primeira página da classificação, fechando a rodada na décima colocação.
Que o jogo seria difícil, já se imaginava. Mas o Coxa soube conter o quase vice-campeão, saiu na frente do placar e garantiu a vitória, ainda perseguindo o simbólico título de campeão do segundo turno.
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