Aquele fundo de paisagem parecia nada ter a ver com um estádio de futebol. Quem assistiu Internacional x Palmeiras, sábado, deve ter pensado assim. No espaço além da linha lateral não havia exatamente nada, a não ser um imenso paredão a isolar as obras do Estádio Beira-Rio, que, mesmo parcialmente interditado, continua abrigando as partidas oficiais dos colorados na temporada.
Foi inevitável a comparação com a Baixada. E não é de agora, pois quando lá estive, em maio, para a transmissão de Internacional x Coritiba para a RPC (rodada de abertura do Campeonato Brasileiro), o panorama era exatamente o mesmo, só que do outro lado, na outra metade. Quer dizer: interditaram uma parte e realizaram as obras, enquanto os demais setores estavam liberados. Agora, obra pronta naquela parte, interditaram a outra, impedindo que o time tivesse de se deslocar de casa em busca de teto por aí.
Com o Atlético poderia ter ocorrido o mesmo, não fosse a estratégia de pressão adotada por seus dirigentes para tentar forçar a cessão do Alto da Glória ou da Vila Capanema. Bem conversadinho, o esquadrão rubro-negro poderia estar jogando em casa até poucas semanas atrás, quando as obras teriam começado para valer. O prejuízo técnico foi enorme e, por causa disso, hoje o time ainda corre atrás de uma classificação que já poderia ter sido assegurada se não fosse a atividade nômade da primeira fase do campeonato.
Mas a coisa não para por aí. A partir do fim do ano o Beira-Rio será totalmente interditado, pois as obras alcançarão o gramado e as dependências internas (vestiários e outras acomodações). E onde o Internacional irá jogar? No Estádio Olímpico, que está vivendo seus últimos dias como casa do Grêmio. Isso mesmo, foi o Antônio Augusto Ortiz, conselheiro colorado, quem me confirmou. Daqui uns dias o Grêmio inaugura sua nova e bela praça esportiva, mas só entrega o Olímpico para a demolição na metade do ano que vem, quando o Inter também puder jogar novamente em casa, com o Beira-Rio pronto.
Por aqui, todos lembram, o Coritiba nem quis saber de conversa e o Paraná Clube, mesmo precisando fazer caixa, abriu mão de receita possível para não ceder a Vila Capanema "a um concorrente direto".
Influência externa
A propósito desse jogo de sábado, ficou flagrante a interferência externa na anulação (correta e bem-vinda) do gol de Barcos. Mas é nessas horas que fico pensando no papel daquele árbitro atrás da linha de fundo. Ali, ao lado do lance, não viu nada e em nada interveio. Quem repara no replay nota que, assim que a bola entra, ele vira de frente para o campo (o que significa gol), como se fosse um autômato. Bem, acho mesmo que todos eles são inúteis. Dinheiro jogado fora.
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